Primeiro, eles tentaram descaracterizar o STJD. “Eles” aí significa: o Flamengo, a Portuguesa e a imprensa empresarial. Os três sabiam, antes do julgamento, que, se o STJD cumprisse o rito, tanto o Flamengo quanto a Portuguesa seriam punidos. Todo mundo do metiê sabia disso. O próprio redator do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, Dr. Heraldo Panhoca, disse com todas as letras que os dois deveriam ser punidos.
Punido o Flamengo e rebaixada a Portuguesa, argumentaram que o caso seria revertido na justiça “de verdade”, a justiça comum. Algumas liminares confusas favoráveis, todas emitidas pelo mesmo juiz, alimentaram a farsa da virada de mesa. Talvez não tivessem se dado conta de que era necessário pouco tempo para reverter a situação também na justiça comum, o que de fato aconteceu. Em algumas decisões liminares, magistrados pronunciaram-se sobre o mérito e desqualificaram abertamente a tese da Flamenguesa.
Surgiram os primeiros indícios concretos de compra da Portuguesa ao mesmo tempo em que o espalhafatoso procurador do MP de SP, o doutor Roberto Senise, abriu um inquérito sobre o caso. Seu propósito inicial era averiguar se o STJD tinha prejudicado os torcedores da Portuguesa e dos demais clubes atingidos pela decisão da CBF de respeitar o veredicto da justiça desportiva (e decisões liminares da justiça comum). Hoje sabemos que o resultado do inquérito parece apontar a própria Portuguesa como corrupta confessa, sem que se tenha mapeado (ainda) o corruptor.
Enquanto a mídia independente tricolor ia assumindo o papel que deveria caber ao clube, isto é, a defesa veemente e imediata da instituição, o Flamengo, sempre com apoio ostensivo da impressa empresarial, sacou um novo argumento: de que no tribunal da FIFA, o tal do TAS, tudo seria revertido. Na instância mais alta decisória do futebol, o Flamengo haveria de provar que foi vítima de um julgamento injusto.
O resultado está aí: o TAS reafirmou a decisão do STJD.
Nós de nossa parte, perguntamos: até onde eles (os três) vão para desfazer a impressão que todos têm? Ou seja, a impressão de que, de fato, a Portuguesa se vendeu, mas não para qualquer um, e sim para o único time que certamente seria rebaixado com resultados adversos do domingo, dia 08 de dezembro de 2013. Os indícios apontam para o Flamengo. Em lugar de se defender, até então ele e sua poderosa mídia desviaram o dedo para o Fluminense. A casa parece estar caindo.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Imagem: pr paúl
Como sempre, ninguém da “mídia independente” se pronunciou, cadê as manchetes nos jornais, os colunistas veementes, os programas esportivos com seus “entendidos” de mesas de debates para gritar aos 4 ventos que o time mulambo é mal caráter e tentou uma virada de mesa internacional.
triste imprensa do nosso mundo!!!
ST