Ele insiste em não nos deixar, em não nos largar. Por um momento neste ano achamos que teríamos voltado a 2012. Ano de alegrias, de um time que lutava sem parar, que foi tetra-campeão brasileiro. Mas, não. A triste, amarga e cruel realidade é a volta do ciclo espiral de 2013 parece que voltou: corpo mole de alguns, diretoria passiva e patrocinador tresloucado (e agora sem grana).

Ontem assisti de perto, com uma visão telecóspica, a mais uma atuação patética de parte do elenco do Fluminense. São os mesmos que sabotaram o clube em 2013, e que só não o levaram ao rebaixamento por conta da patacoada do Flamengo e suas consequências.

Acabei indo com os panorâmicos de Leste. Não queria. Andel foi testemunha do quanto em relutei em ir. Mas fui convencido pela imensa maioria dos panorâmicos que atenderam ao convite da querida Érica Matos. E la fomos nós para a Cote D´Azur do Maracanã. Muito luxo e pouco Maracanã. Só faltou ofurô. Um lixo no meio do luxo. Sou do povo, não da elite. Mas o pior é ter que compartilhar arquibancada com a torcida adversária. Não dá. Não há Cristo que me faça voltar lá. E tenho dito.

Se a Leste é isso tudo de ruim que eu falei, pelo menos nos permite quase estar ao lado dos jogadores durante o jogo. E por esse lado foi bom. Porque deu para ver a nítida falta de comprometimento desses putos com o jogo e a vitória. É tipo aquele casal que faz sexo apenas para constar e não sai do “papai e mamãe”. Depois, os dois viram pro lado e dormem achando que transaram.

É este o retrato. Este time em campo faz o “papai e mamãe” e depois vira pro lado pra dormir, parte por que não quer mais nada, parte porque está envelhecido e não aguenta nada mais que um “papai e mamãe”.

Alguns jogadores correm para não chegar. Fred não se desloca. Não aguenta mais. Os laterais vão até o meio campo e cruzam. Tem jogadores que sabem que o passe não vai chegar até ele e em vez de atacar a bola (ir ao encontro dela), esperam ela chegar no adversário como se fosse uma dividida e caem pedindo falta que normalmente o juiz não dá. Ontem, eu vi isso umas três vezes. Um verdadeiro espetáculo de horror.

E o Sóbis? Uma tartaruga em campo. Não criou nada de produtivo ontem. Não vem criando nada de produtivo há algum tempo.  E ainda sai de campo fazendo beicinho.  Alguém pode me explicar a titularidade dele, um jogador veterano, milionário, que não precisa de mais nada no futebol e que tem contrato até o final de 2015 ganhando em torno de R$ 500.000,00? Por que não colocar um garoto que está ávido para mostrar futebol, cheio de disposição e que precisa correr atrás para construir sua carreira. Pro lugar do Sóbis temos uns três desse: Biro-Biro, Kenedy e Gustavo Scarpa.

O Kenedy, com toda a afobação, entrou e no mínimo com a sua correria, fez todo mundo ter que correr. E teve a bola do jogo. Um pouco mais de capricho na conclusão e teria feito o gol da vitória. E no lance a falta de compromisso do Fred foi visível. Estivesse ligado na partida e teria pego o rebote do goleiro.

O que faz o Carlinhos como titular desse time? Ainda mais depois da declaração estapafúrdia esta semana cobrando a renovação. Não vem jogando nada há mais de um ano. Não quer nada com nada. Temos o bom garoto Fernando louco pra mostrar serviço. No jogo contra o Vitória, corria para se apresentar na frente e era sabotado por todos os de 2012. Ninguém passava bola para ele. Será que queriam preservar o Carlinhos? Por que o Fernando não é titular em 2012?

Parte dos remanescentes de 2012 formaram uma máfia e fazem o que querem. Outra parte está envelhecida. Alguns, os dois. Não livro a cara de quase nenhum deles: Fred, Carlinhos, Sóbis, Bruno, Wagner, Jean, Diguinho, Cavalieri e Valência.  E estes continuam formando a espinha dorsal do time titular. Só livro a cara do Gum.

Por outro lado, os maiores responsáveis por permitirem esta máfia que tomou de assalto o vestiário do Fluminense erram pelos extremos. Peter, Pedro Antônio e Mário Bittencourt numa apatia total. Ou, pelo menos, aparentam uma apatia (pode ser que estejam agindo nas entrelinhas e não sabemos). Em princípio, parece que estão reféns da máfia. Sem dinheiro para cumprir as exigências (patrocinador à mingua), parecem estar sem margem de manobra.

Por outro lado, o maior gerador desse caos todo, Celso Barros, que tomou de assalto – com conivência do Peter –  o futebol do clube junto com Rodrigo Caetano em 2012, gerou estes salários milionários e criou estes monstros mimados e insolentes, fica dando declarações tresloucadas pela imprensa meio que batendo pezinho por não estar mandando no destino do futebol do clube. Como na teoria é o homem da grana e é esta é a única linguagem que estes putos entendem, poderia dar uma enquadrada. Ah, foi mal! Não é mais o homem a grana pelos rumores que rolam sobre a Unimed.

Eu não acredito mais que esse elenco de 2012 possa render algo. Minha política seria chamar Conca e Cícero a assumirem uma responsabilidade de liderar em um grupo formado por outros que não o de 2012 para um compromisso de ganhar cinco partidas. Colocaria o Fred também nessa linha no discurso de preservação da idolatria que ele construiu chamando a responsabilidade para que se evite aquela cena da última rodada do Brasileirão de 2013.

Afastaria Carlinhos, Valência, Diguinho, Sóbis e Bruno. Os três primeiros porque não devemos renovar o contrato com eles e os dois últimos por total improdutividade.

Formaria um time base com Cavalieri (se forem renovar com ele, senão, Klever mesmo), Jean, Marlon, Henrique e Fernando. Edson, Rafinha. Conca, Cícero, Wagner (Biro-Biro) e Fred (Kenedy). Um pacto por cinco vitórias. Carta branca pro treinador.

Depois como disse um amigo no Twitter (o @vandersonflu) é dedetizar o ambiente.

Renovação total deste elenco. Apostar mais na base e em jogadores que queiram mostrar algo.

E claro, preparar a saída da Unimed – espero que já estejam preparando – agora ou 2015. Porque essa já deu também.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: lance