Dunga é o exemplo definitivo de que não se cutuca a imprensa impunemente.

Os palavrões de 1994 e os de 2010, ambos dirigidos à imprensa que o perseguia, jamais foram (ou serão) esquecidos.

Dunga é uma espécie de Barbosa. É culpado de ter desabafado ao receber a taça, há 20 longos anos. Hoje, faça o que fizer, será sempre visto com o viés da desconfiança.

Está longe de ser meu favorito (acho que não é o favorito de ninguém) para o cargo. Mas é anos-luz melhor do que outros nomes ventilados.

Confesso que estou curioso para ver a postura do técnico hoje, a partir das 11h, quando será oficialmente apresentado pela CBF como seu novo comandante de campo. E a da imprensa também.

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Onze rodadas, uma vitória. Sobre o eterno freguês Palmeiras, sempre disposto a oferecer ajuda nas horas difíceis, já o tendo salvado de dois rebaixamentos em condições peculiares.

Recentemente, um título carioca ganho com um gol aos 46 do segundo tempo, numa banheira gigante, piscina olímpica de ruborizar a parte negra da camisa. Eliminação na Libertadores na 1a fase, para times do México e Bolívia. E, claro, o inesquecível caso Flamenguesa, que o salvou do rebaixamento em 2013.

Estamos assistindo de camarote ao desempenho do time incaível . No fim de semana passado, goleada do Internacional nos moldes de Alemanha X Brasil. O Inter parou de jogar. No fim do jogo, torcedores foram tirar satisfação dos jogadores, que estariam fazendo corpo mole. André Santos, o pivô do problema da última rodada de 2013, foi agredido e teme voltar a jogar pelo clube.

Será que vão liberar o homem que sabe de tudo? E ele vai contar o que sabe?

A situação só não é pior porque ainda faltam muitos jogos.

Não há jogadores bons disponíveis. Não há jogadores bons disponíveis loucos o suficiente para serem os salvadores da pátria numa situação como a atual. Estes só viriam por muito dinheiro. E correriam o risco de não receber. Não há dinheiro para pagar craques.

Todo esse quadro transforma o clássico contra o Botafogo deste final de semana num jogo de altíssimo risco. Uma sapatada botafoguense terá consequências imprevisíveis.

Olho na arbitragem. Não há jogadores, não há técnico, não há um time. Olho na arbitragem.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri