De forma independente, Cristiano Fukuyama e Luiz Nascimento produziram “O fado da bola”, com depoimentos de torcedores, ídolos e personalidades ligadas à Portuguesa de Desportos.

Um desavisado (e somente neste caso) perguntaria: “Mas que diabos um documentário da Portuguesa apareceria no Panorama Tricolor?”

Simples: 2013, 38ª rodada, até hoje um enigma não decifrado, embora com todas as evidências acima.

Justamente por isso, convidamos nossos leitores regulares, simpatizantes e amigos a assistirem a “O fado da bola”. Nele, os entrevistados discorrem sobre a triste situação do Canindé e o mais importante: a desconfiança sobre o que está por trás da escalação do jogador Heverton, pivô do caso conhecido como Flamenguesa.

Os relatos de dois torcedores muito conhecidos, o jornalista Flávio Gomes (foto) e o maestro João Carlos Martins, sugerem ampla reflexão sobre o tema, o que interessou a todos, menos… à cúpula da imprensa esportiva do Brasil, alinhada com a tese matematicamente absurda de que o Fluminense seria o corruptor de um jogo que não lhe interessava antes de iniciado.

Passados treze meses daquela que foi a “maior coincidência da história do futebol brasileiro”, os jornalistas estão em silêncio absoluto, o MP-SP do serelepe procurador Senise sumiu e ninguém sabe explicar a incrível sorte rubro-negra quando Heverton entrou em campo domingo contra o Grêmio, justamente depois de André Santos ter enfrentado o Cruzeiro na véspera – o que também ninguém sabe explicar como foi esquecido de noticiar por dezenas de jornalistas que cobriam a partida do Maracanã.

Uma coisa é certa: se tem algo por baixo dessa história quase sobrenatural, não está encoberto para beneficiar o Fluminense. Caso contrário, uma bomba avassaladora já teria sido atirada à época.

Para alguns, foi só o destino.

Sorte.

Uma vez sortudos, sempre sortudos.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: o fado da bola