A Era Drubscky começou. Natural a resistência da torcida, inflamada pelos resultados ruins e pela falta de currículo do novo técnico. No entanto, a página já está virada. É ele e pronto. Não adianta ficar esperneando.
O jogo contra a Cabofriense não apresentou nada de novo. Nem podia. Não teve tempo. Num futebol muito nivelado é preciso de diferencial: craque, elenco, tática, vontade e, para ficar na moda, intensidade. Qual que é o do Fluminense? Fred e só. Muito pouco.
Ao Drubscky cabe criar um ou mais. O time do Muricy tinha Conca, o sistema defensivo, às vezes, o Emerson. O do Abel, idem: Fred, Cavalieri e, claro, sorte. Depois disso, mais nada.
Com esse futebol lento, de toquinhos para o lado, de chuveirinhos, previsível, engana, no máximo, Cabofriense, Bonsucesso e assemelhados.
No plano tático, o oposto de lentidão não é correria. É preciso alternar saída rápida, antes da recomposição adversária, com toque de bola à espera de um deslocamento, de algo que envolva e abra espaços. Como o Brasileiro está à porta, o Fluminense precisa investir todas as suas fichas para conseguir algo mais.
Outro time que está passando pelo mesmo problema é o São Paulo. O tricolor paulista apostou em Ganso e Muricy. Nem um nem outro conseguiu criar diferenciais. O jogador não tem espírito competitivo e se perde num futebol insosso. O técnico não conseguiu a famosa liga. Ganha aqui, ali, mas empaca nos jogos mais difíceis.
O Cruzeiro também perdeu o que tinha: o esquema de velocidade está em crise, pois foram embora os dois jogadores (Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro) talhados para a função de fazer a transição com rapidez e muita objetividade.
Para encerrar os exemplos, do lado oposto tem o Corinthians. Ótimo elenco e um técnico que sabe tirar proveito do que tem em mãos. Longe de apresentar um futebol vistoso, o Timão esbanja competitividade e, em minha opinião, é favoritaço para o torneio nacional.
O grande problema disso tudo é que, com o que temos visto nos últimos tempos, difícil imaginar Ricardo Drubscky conseguir mudar o espírito que está incorporado no Fluminense. Mas tem Gérson, tem Kennedy. Quem sabe esses fedelhos comecem uma nova fase?
Panorama Tricolor
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Imagem: mj
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