Previsível desfecho (por Paulo Rocha)

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Como era de se esperar em vista das últimas atuações, mesmo antes de Marcão assumir interinamente o comando, o sonho do Fluminense de voltar a disputar a Libertadores na próxima temporada chegou ao fim. Também pudera; com tanta incompetência no gerenciamento do futebol tricolor a classificação para a principal competição continental seria mais uma surpresa do que a conseqüência de um trabalho bem feito.

Contra a Ponte Preta, deu pena. O time não conseguiu mostrar personalidade em momento algum dos 90 minutos. As principais armas foram os “lançamentos” de Gum para que Richarlison tentasse ganhar da zaga adversária na base do “bumba-meu-boi”.

Gostaria de registrar um fato que me chamou atenção: a omissão dos volantes em pedir a bola aos zagueiros para tentar fazer a transição defesa-meio de campo. Apenas Pierre, tido como o mais limitado tecnicamente de todos, não se omitiu. Onde se esconderam Douglas e Cícero no segundo tempo?

Bom, chega de falar nessa atuação ridícula – mais uma – e vamos tentar vislumbrar um futuro melhor. No próximo jogo, já para cumprir tabela (só falta virem com o papinho de que a vaga na Copa Sul-Americana é um objetivo nobre) eu testaria jogadores que não vêm recebendo chances. Quem sabe se um, ou mais deles, não arrebenta? É preciso ver quem, no meio de tanta porcaria, pode ter alguma serventia para a próxima temporada.

Se existe alguma utilidade na forma com a qual o Fluminense se despediu do Campeonato Brasileiro é o fato de que o fracasso pode abrir os olhos daqueles que votarão no pleito presidencial do próximo sábado. Os eleitores terão a chance de escolher se querem a continuação do que estamos vendo ou se é melhor tentar um novo caminho.

Seja qual for o próximo presidente tricolor, se faz necessária uma profunda reformulação do elenco. Contratar jogadores à altura do clube, dispensar os pernas-de-pau, fazer uma transição da base para o profissional com critério, mas sem medo de queimar os atletas. Colocar os meninos para pegar experiência. De nada adiantará termos uma das melhores categorias de base do Brasil, um Centro de Treinamento como o de Xerém se os frutos lá cultivados não forem nos servir, mas sim a outros.

No próximo sábado, nas Laranjeiras, os votantes escolherão qual clube querem ver nos próximos anos, se um figurante ou um protagonista. Que coloquem acima de tudo o seu amor às nossas três cores na hora de votar, pois um erro pode custar caro. E que Deus abençoe o Fluminense.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paroc