Deixará saudades (por Ise Cavalieri)

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Sem dúvida foi uma das melhores edições dessa competição e, de tanto falar em finais felizes, acreditei que o nosso também estaria escrito, dentro de nossa casa, mas não foi dessa vez – mais uma vez.

Até o 3×0, eu acreditava ser normal por ser a Alemanha, mas por também ser Brasil; acreditei que logo o empate e a virada viriam; mero sonho, a única coisa que veio foi o vexame. Custei a acreditar que aquela era a Seleção que representava meu país, bons jogadores, mas que juntos, nessa Copa, parecem não ter dado mesmo certo e, à frente do futebol alemão, apenas assistiam parados os passes e o show de gols. E depois do sétimo gol, o jeito foi esperar e ver se chegaria até o décimo… Até ser testemunha de um golzinho de honra do Brasil, que não valeu nem a pena comemorar.

Essa semana “Mineiratzen” e agora um novo “Maracanazzo” pode acontecer, dessa vez pela Argentina. E que ironia do destino: Copa do Mundo no Brasil e em plenas terras cariocas, que talvez se coloram de branco e azul com sotaque dos hermanos. Grande piada, com total chance de concretização.

O futebol é feito de perdas e vitórias e a nossa eliminação talvez não tenha sido o maior problema, mas sim a forma de como perdemos, a quantidade de gols tomados, a equipe assistindo as jogadas adversárias e tentando correr atrás do prejuízo depois de um placar praticamente definido. Mesmo fã de maravilhoso futebol de Messi, não nego a total torcida pela Alemanha; afinal, de vergonhoso já basta nossa derrota.

Mesmo que a classificação não tenha vindo e tenhamos que nos contentar com um possível terceiro lugar, a Copa valeu. Valeu o belo futebol, todos os craques em gramados brasileiros, o apoio das torcidas e a confraternização entre os povos.

Enquanto isso, fora dos gramados, tudo parece ter ocorrido dentro do esperado, apesar do superfaturamento na construção dos estádios, a demora das entregas e a cena lamentável protagonizada por uma parte da torcida chilena, mas que não conseguiu estragar a magia de todo o espetáculo.

Em relação ao terceiro lugar, a declaração do treinador da seleção holandesa faz total sentido; afinal, quando se é eliminado, a disputa por um lugar não tão importante, não deveria ser obrigatório, no caso do Brasil – por exemplo, seria mais um vexame caso venha a perder.

E, para finalizar essa copa, que venha então o campeão – este, por ter passado por fortes equipes como Holanda e França, terá a taça merecidamente.

Independente do campeão, torçamos por um bom futebol.

Panorama Tricolor

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