A noite de quarta-feira reviveu a mística tricolor. O triunfo nos pênaltis sobre o Internacional em Brasília, que nos classificou à final da Copa da Primeira Liga, teve um ingrediente que a torcida do Fluminense conhece muitíssimo bem: o sofrimento. Foi uma batalha emocionante e que a nosso favor foi definida por intermédio da perícia de Diego Cavalieri em defender pênaltis – não tenho a conta certa de cabeça, porém, desde que chegou às Laranjeiras, em 2011, ele pegou muitos deles.
Seria uma imensa injustiça caso o Tricolor não tivesse se classificado. Jogamos melhor que o Inter e merecíamos a vitória no tempo normal. Mas o Fluminense sempre comete algumas falhas que, na maioria das vezes, redunda em gols adversários. O empate de 2 a 2 no período regulamentar não retratou o que foi o jogo, fomos melhores que os colorados.
É importante citar: jogamos sem Fred, suspenso, e Diego Souza, que abandonou o barco de forma surpreendente alegando razões particulares para voltar ao Sport Recife. Arrisco-me a dizer que, além delas, ele sentiu que, com Levir Culpi, já estava a caminho do banco de reservas devido ao rendimento pífio que vinha apresentando. Não fiquei surpreso com a atitude de Diego; em 2005, ele já nos tinha mostrado o quanto “se importa” com a torcida e com o clube que o revelou para o futebol. Vá com Deus, sequer deveria ter retornado.
Sim, o Fluminense está de volta a uma decisão, está de volta ao seu ambiente, ao seu lugar. Sob o comando de um técnico de ponta, que está reinventando o Tricolor ao seu modo e fazendo a torcida voltar a sentir orgulho de vestir nossa mítica camisa.
Com Levir Culpi no comando, o Atlético-PR, na final, não encontrará a mesma facilidade dos últimos dois duelos que protagonizou conosco. Perdemos ambos por 1 a 0, jogando em casa e com gols de ex-tricolores. Agora, chegou a hora de darmos o troco e sermos campeões em cima do time do Petraglia. Seria um ajuste de contas esperado há muito tempo.
Mudando de competição, voltando o olhar para o Campeonato Carioca, teremos um duelo difícil contra o melhor dos pequenos neste domingo. Para superar o Boavista, o Fluminense terá que encarar a partida com um clássico; é bom lembrar que o time de Saquarema vendeu caro as derrotas para Vasco e Botafogo e empatou com o Flamengo. O jogo será em Xerém, no Los Larios, e Fred estará de volta. Pela importância do resultado aliada à alegria de estarmos na final da Primeira Liga, nossa torcida tem obrigação de lotar o estádio e mostrar que apoio não vai faltar.
Que diferença deste para o Fluminense do fim de 2015 e início de 2016. Resumindo: time grande precisa ter treinador de ponta. São as conquistas que marcam a história dos clubes e os profissionais competentes, os que se encarregam de escrevê-la.
Panorama Tricolor
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