A cidade deveria parar. Os jornais deveriam imprimir mais exemplares. A população deveria estar em polvorosa. Só se falaria no retorno do Fluminense à sua casa. O líder, mesmo que apenas após duas rodadas, terá o direito de utilizar o estádio que lhe é de direito desde a fundação e com o qual possui contrato pelos próximos 34 anos. Mas não. A cidade seguirá sua rotina. Os jornais não darão o destaque merecido. A população mal saberá que no estádio Mário Filho ocorrerá uma partida. Nas ruas o assunto será o novo presidente da Petrobras, a tempestade que não aconteceu, os preços que só aumentam… Dentro do estádio apenas uma pequena área do estádio poderá receber os aguerridos torcedores tricolores. Tudo por que já não é lucrativo jogar um campeonato falido, que outrora fora o mais charmoso do Brasil.
Fluminense e Bangu, em 1985, disputaram cabeça a cabeça o campeonato carioca, saindo o Tricolor, para nossa felicidade, com o tricampeonato. Hoje, o Bangu, sem Castor de Andrade, nada mais é do que um punhado de jogadores em decadência ou de promessas em busca de visibilidade. O Bangu que naquele mesmo ano chegou à final do campeonato brasileiro, perdendo para o Coritiba.
Mas estamos de volta. O Fluminense voltou. Não só ao Maracanã, mas às suas origens. Vemos uma fagulha do “timinho”, que com sua garra vencia as partidas e acabava campeão no final. Sempre fomos notórios em formar equipes valentes, brigadoras, coletivas. Os anos de Hollywood, cheio de estrelas, patrocinadas pela megalomania de Celso Barros e seu castelo de areia, acabaram. Bom para o Fluminense, nada bom para Celso e a Unimed. O antigo mandatário anda cavando uma candidatura ao “trono” em 2016. Se era tão ruim, por que quer tanto voltar?
Os bandeirões serão estiados, as lindas tricolores desfilarão pelos corredores, as classes perderão suas divisões, as cores das camisas e das peles irão se misturar no belo mosaico de torcedores apaixonados. Maracanã e Fluminense nunca devem se separar. Não há lugar no mundo em que nos sentimos melhor.
Mesmo que não saibam, mesmo que não comentem, mesmo que esqueçam esse dia, ainda assim, dentro de nós, saberemos que o nosso grande amor estará de volta ao seu lar. Fundiremo-nos a e eles, seremos um só: torcida e jogadores. Para nós terá sabor de nostalgia.
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