De volta à Copa do Brasil (por Rods)

Gol do Roger, gol do título!
Gol do Roger, gol do título!

Três anos e alguns meses depois estamos novamente de volta à disputa do “caminho mais rápido para a Libertadores”, como foi batizado pela imprensa esportiva. Com a mudança que a CBF fez nas regras utilizadas para a classificação na competição, cá estamos encarando novamente a Copa do Brasil, um campeonato que nos trouxe tristezas e alegrias.

1992

Na época a competição era disputadíssima e se classificavam apenas os campeões e os vices de cada estadual. Chegamos à disputa nacional com um time que ninguém sabia o que esperar. Jogadores bons e raçudos misturados a jogadores de futebol sofrível. Fomos até a final contra o Internacional de Porto Alegre e, por azar, vencemos apenas por 2×1 nas Laranjeiras. No jogo da volta, o placar em branco seguia até o fim e a taça se aproximava do Flu. Até que houve o pênalti que jamais esquecemos, pois, afinal, não foi pênalti. Nenhum tricolor é capaz de perdoar o senhor José Aparecido de Oliveira. Célio Silva, dono de um chute fortíssimo, bateu e colocou a bola dentro do gol de Jefferson aos 43’ do segundo tempo. Raiva e decepção tricolor.

2005

Aqui a dor foi ainda maior. Nesse ano, o time do Fluminense parecia voar em campo. Campeões cariocas e cheios de moral tanto na Copa do Brasil quanto no Brasileirão. Mas quis o destino que fizéssemos aterrissagem forçada em solo. Após a surpresa Santo André em 2004, chegava a vez do Paulista de Jundiaí ter seus 15 minutos de fama. Fomos surpreendidos pela turma do Márcio Mossoró e perdemos a ida por 2×0 em vacilos da defesa. Tivemos que engolir gritos de “é campeão”. No Rio, em São Januário, o Flu de Abel Braga simplesmente não teve forças pra furar a retranca armada por Vagner Mancini. Viramos chacota e vimos o fim da história de Toró nas Laranjeiras.

2007

Para quem vê esse Fluminense de hoje, é importante saber que a fase atual teve seu início exatamente nessa Copa do Brasil. Até o meio da competição, o Flu tropeçava nas próprias pernas e viu Papai Joel abandonando o barco e vociferando que era impossível ganhar qualquer coisa com aquele time. Chegou Renato Gaúcho e com ele a esperança renovada. Vitória após vitória, chegamos à final. Primeiro jogo no Maracanã um empate de 1×1 e os catarinenses com a certeza do título. Isso até o momento em que no Orlando Scarpelli, com um passe de Adriano Magrão, Roger faz o gol da vitória tricolor. Lembro até hoje de uma comunidade do Orkut que se chamava “Gol do Roger, gol do título”. O time passou a jogar tão bem, que disparou na tabela do Brasileirão, chegando ao quarto lugar. Poucos se lembram, mas tivemos nas mãos duas vagas para a Libertadores.

Hoje

Como comentei, nossa última participação foi há três anos, quando fomos eliminados pelo Grêmio, na estreia do Ratão como técnico. Agora precisamos resgatar nosso espírito guerreiro e lutar pelo bicampeonato. Pela frente temos um perigoso Goiás, com o surpreendente Walter. Gordinho ou não, ele está fazendo ótimos jogos e belos gols. Joga muito bem, com desenvoltura e, sim, velocidade. Quando cansa, sabe como utilizar suas medidas a seu favor, atuando como pivô. É bom ficar de olho.

Vanderlei Luxemburgo chegou a pensar na possibilidade de priorizar o Campeonato Brasileiro e conseguir um tempo a mais para treinar o time, o que é quase impossível com dois jogos por semana. Mas desistiu e vai tentar colocar em campo o melhor possível nas duas competições. Se seguir o último treino, voltará aos 3-5-2, como utilizado contra o Corinthians e entrará em campo com: Diego Cavalieri; Gum, Leandro Euzébio e Edinho; Igor Julião, Willian, Jean, Felipe e Carlinhos; Samuel e Fred.

A verdade é que ele está buscando uma forma de jogar. Além de poupar o Sóbis, que realmente está sentindo o ritmo forte, colocou Felipe mais como segundo volante do que como armador. Posso estar errado, mas me parece que ele está tentando “barcelonizar” o meio-campo do Fluminense, com jogadores que são rápidos, marcam e ao mesmo tempo atacam, neste caso para municiar Fred e Samuel. Vamos ver. Espero que dê certo.

Hoje é dia de cantar no Maraca!

ST!

 

Nos acréscimos:

– Não podia deixar passar batida a vitória do nosso sub-17 sobre o São Paulo ontem á tarde. O placar de 3×1 ficou barato. Podíamos ter feito muito mais. Sábado é o jogo da volta.

 

Rodrigo César, o Rods

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

Foto: Ricardo Cassiano

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2 Comments

  1. Rods, essa copa do Brasil de 1992, era pra ter sido nossa!
    Não fosse soprador…
    Quem sabe não tem forra esse ano, contra o Saci?!
    ST

    1. Pois é, Fabrício.

      Só me lembro da raiva. Ouvi o jogo pelo rádio e desde o narrador até os comentaristas, todos dizendo que não havia sido pênalti. Depois vi a cena e tive certeza. Mas uma das injustiças que nosso Flu sofreu no futebol.

      Mas vamos lá, vamos dar o troco!

      ST!

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