Vindo de muitos altos e baixos por onde passou, aparentemente com sua carreira em possível declínio técnico devido à idade já um pouco avançada, também com pouquíssimas atuações pelo Grêmio, o zagueiro David Braz foi alvo de muita desconfiança da torcida tricolor, acostumada a títulos e grandes jogadores, porém sedenta de novas conquistas, pois há nove anos não comemora um título de grande relevância.
Quando surgiu um burburinho de que David Braz poderia vir jogar no Fluminense, confesso que torci o nariz como mais de 90% da nossa torcida, até porque, como já dito, o jogador não vinha de grandes atuações pelos seus dois últimos clubes (Grêmio e Vitória).
Esse que vos escreve foi até a rede social do jogador (o que não costumo fazer) e lhe escreveu a seguinte frase: “Não venha para o Fluminense, aqui no Rio de Janeiro a água está com gosto ruim, tem geosmina!”
Ainda bem que ele não me ouviu, porém leu e me bloqueou (risos).
David Braz soube esperar sua oportunidade, pois nem reserva era… Lembrem-se de que, na ausência de Nino ou Lucas Claro, quem entrava era o Manoel. Com calma e paciência, David Braz foi entrando aos poucos e assim conquistou o torcedor com sua garra, vontade e dedicação em campo. Defende seus companheiros como um grande guerreiro, parece até que é cria do clube, ou melhor, defende nossa camisa muito mais que muita cria de Xerém.
David Braz sabe o tamanho do Fluminense esse é o seu maior diferencial, um autêntico capitão dentro de campo, sem braçadeira é claro, mas se impondo nas orientações e mostrando ao adversário que ali quem manda é ele, um verdadeiro território hostil a quem ouse pisar na grande área. E pergunto à torcida do Fluzão: pra que um pedaço de pano no braço? Líder é líder, está na alma, no sangue encarnado pelo David Braz. O jogadorzinho do Palmeiras, que ousou tirar farinha com o Flu, sentiu na pele a força dos dois braços no peito do “General Braz”.
Que continue assim, pois na próxima quarta, teremos outra guerra.
Que o Flu saia vitorioso mais uma vez.