A maioria dos torcedores não entendeu ainda o que é uma SAF, mas começou a cair a ficha com o que já acontece no Botafogo e Cruzeiro.
Entendem a SAF como um investidor no clube, patrocinador ou mecenas. Não compreendem que a SAF tem o objetivo prioritário de lucro para o grupo empresarial que compra, e não com desempenho esportivo de ponta.
Não entendem que os sócios do clube não apitam mais nada, nem o clube original, que basicamente só tem poder de veto na mudança do escudo, cores e hino.
Desconhecem que a dívida continua com o clube antigo e que a SAF não coloca essa dívida em seu balanço.
Ficam achando que a dívida acabou mas, na prática, ela só será paga com os 20% da receita da SAF e 50% dos dividendos, o que para alguns clubes com dívidas monstruosas é incapaz de gerar fluxo adequado para o pagamento.
Não se daí conta que os direitos e valores de venda de todos os jogadores, inclusive da base, como os de Xerém, são transferidos para a SAF e não pertencem mais ao clube.
Na prática, a SAF era a única saída para clubes como o Cruzeiro e Botafogo, pois não conseguiam mais pagar a conta d’água.
Para outros clubes a SAF pode ser um caminho, mas não é o único.
No caso do Fluminense, até para negociar uma SAF e necessário investir e melhorar a gestão própria por alguns anos – e o primeiro passo é contratar uma auditoria independente de primeira linha para começar a dar credibilidade aos números.
Importante ter consciência que, com a SAF, a sede social do Fluminense nas Laranjeiras se torna inviável e tende a ser fechada, ou ainda ter um aumento da mensalidade em muitas vezes.
Portanto, o prudente é melhorar a gestão, independentemente do vencedor da próxima eleição, e observar os movimentos dos outros que já implantaram SAF, e até mesmo a do Vasco, que busca um modelo híbrido.
Super pertinente e importantíssimo alerta para futuros pretendentes do Saf
Parabens ao Wagner Victer ,um visionário!
Grande abraço à todos