I
Justa a vitória parcial no Couto Pereira. Sem brilho e mais enrolado do que deveria, o Fluminense só acertou o pé a partir da metade do segundo tempo, justamente a partir do golaço de Richarlison, nascido passe de Scarpa, que tem errado muito mais do que acertado. Ironias do futebol. Há cinco rodadas, o Coritiba era a sensação do campeonato brasileiro.
Nas dificuldades de ligação defesa-ataque, uma lembrança inevitável: quando começou o ano, nosso meio de campo era tido como um dos melhores do país: Orejuela, Douglas, Scarpa e Sornoza. O quarteto quase nunca jogou junto, o que ajuda a explicar muito do momento. Nas ausências, nos alavancaram Wendel e Calazans, hoje só havia o primeiro e em noite discreta.
Outro problema: Lucas, dos melhores no primeiro trimestre, caiu de rendimento.
Reginaldo saiu machucado no começo, mais um prejuízo.
Depois de algumas boas jogadas, veio o segundo gol em chute de Leo, que resvalou no zagueiro. E daí? Vale também, a jogada foi muito bonita com várias tabelas. Como no Fluminense 2017 não existe mitomania, o lateral continua limitado e devendo. Precisamos de paciência, é lógico, mas se ele puder colaborar, melhor.
O pênalti chutado por cima existiu e demos sorte. Em compensação, eles ganharam o gol no último lance: uma tremenda moleza. Dois a um. Paciência, descer para o vestiário e voltar com inteligência. Inteligência, pois.
Ii
Bom jogador o Galdezani do Coritiba. Incomodou. Já valia uma proposta. Ok, não há dinheiro. E tirando os dois queridões da Globo, quem tem?
Iii
Catorze jogos, catorze escalações diferentes. Poucos resistiriam, mas o Flu está sobrevivendo.
IV
Segundo tempo e Nogueira sente, entrando o inacreditável Renato. Segunda alteração queimada por contusão. Dose. Desmontados os três volantes, Orejuela voltando para a zaga.
V
Renato quase fez um golaço no começo da etapa, com a bola passando rente à trave esquerda. Ele é inacreditável.
VI
Vinte minutos de mais briga pela bola do que propriamente bom futebol. O Coritiba tentando com Berola pela direita, além de chuveirinhos imprevistos. O Flu na dele, tentando dar um golpe de mestre, mas um tanto afoito. Richarlison apanhando demais.
Aos 30, Júlio César impediu o gol de cabeça do veterano Alexsandro com boa defesa. Briga, briga, briga e pouca bola com qualidade.
Aos 40, o eterno Marcos Jr. para tentar prender a bola na frente. Deu certo: o Flu lutou, se dedicou e ganhou pela terceira vez no Couto Pereira na história do Brasileirão. Uma vitória de mais transpiração do que inspiração, que recoloca o time no meio da tabela e, em caso de vitória contra o Cruzeiro na próxima quinta, que pode realimentar o sonho na parte de cima da tabela. Não foi bonito nem brilhante, mas eficiente. Futebol também é isso.
As piadinhas dos cabos eleitorais ficam adiadas no mínimo por alguns dias, se bom senso houver. A frente ampla da bipolaridade também. Já o Zanzibar dispara sua risada caótica.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: curvelo
Ninguém mais no Fluminense tem posição certa além do goleiro. O meia vira zagueiro ou atacante dependendo da necessidade do jogo. Não temos um elenco de estrelas e nem um banco para reposições para tantas necessidades. Estamos sobrevivendo nesta situação que é reflexo da má administração de nossos dirigentes. Incompetentes e que não sabem gerir nem sua dispensa de casa, quanto mais um clube com a grandeza do Fluminense. Que a bênção de João de Deus nos proteja !
Concordo plenamente.