O início foi com a marca registrada tricolor: um festival de passes errados. No entanto, o Coritiba retribuía e devolvia ao Fluminense. Numa bola lateral aos 14’, em falta cobrada por Gustavo Scarpa, Gum se antecipou à zaga do Coxa, cabeceou, o goleiro Wilson falhou e deixou a bola entrar. Aos 18’, noutra cobrança pelo lado do campo de Gustavo Scarpa, Cícero perdeu gol incrível dentro da pequena área. Com a vantagem no placar, o meio-campo tricolor deu espaços e o Coritiba começou a ameaçar o gol de Júlio César. Aos 23’, num erro de marcação da zaga, quase aconteceu o empate. E a pressão continuou. A partir dos 30’, o Fluminense conseguiu reequilibrar e tentou, com trocas de passes rápidos, envolver o Coxa. Preocupado com o domínio tricolor, Carpegiani trocou dois jogadores ainda no primeiro tempo. Num dos primeiros lances de Kleber, o atacante fez falta em Wellington Silva e xingou o árbitro. Cartão vermelho. Com os nervos do Coritiba à flor da pele, o Fluminense evitou forçar e terminou o primeiro tempo tocando a bola.
A estratégia para o segundo tempo, em vantagem no placar e com um a mais, seria o contra-ataque. Logo aos 7’, Wellington recebeu um bolão de Gustavo Scarpa e perdeu na cara de Wilson. Logo em seguida, Richarlison entrou na área e, ao tentar o drible, perdeu a bola. Aos 11’, aos trancos e barrancos, Richarlison chutou cruzado e perdeu mais um gol. Como castigo pela péssima alteração, saída de Wellington em vez de Richarlison, o Coritiba marcou logo em seguida e empatou. Depois de um período de instabilidade, o Fluminense retomou o controle do jogo e encontrou facilidades para chegar à área de Wilson. No entanto, sem jogadas, com um futebol aleatório baseado na visão de jogo de Gustavo Scarpa, ficou difícil o gol da vitória. Mesmo assim, perdeu alguns gols: Giovanni e Marcos Junior perderam de cabeça nos minutos finais.
JÚLIO CÉSAR
Não participou do jogo. Na única bola que foi ao gol, não teve nenhuma chance de defesa.
WELLINGTON SILVA
No primeiro tempo, só apareceu no lance da expulsão do Kléber. Na etapa complementar, demorou a sair de trás e, quando foi, conseguiu alguns bons cruzamentos.
GUM
Marcado pelas falhas no jogo anterior, entrou com a disposição de melhorar a imagem junto à torcida. No gol, foi bem mas deu sorte com a falha de Wilson. Diferentemente do jogo contra o São Paulo, foi mais decidido nos lances.
HENRIQUE
Saiu mal para combater Kazim no gol de empate do Coritiba. Depois, alguma dificuldade quando o Coritiba partiu em contra-ataques.
GIOVANNI
Deu espaços na marcação. Na frente, o inútil de sempre, inclusive, perdendo um gol dentro da pequena área.
PIERRE
Jogou com muita garra e fez muitas faltas. Nada de diferente…
DOUGLAS
Carregou muito a bola e perdeu bolas fáceis, dando contra-ataques ao adversário. Numa dessas tomou amarelo que lhe custou a vaga no segundo tempo.
MARQUINHO
Também prendeu demais a bola e atrasou os lances. Longe daquele jogar limitado, mas combativo.
CÍCERO
Perdeu um gol incrível logo depois do 1 x 0. Com o adversário com um a menos, poderia ter se lançado mais para fazer as vezes de centroavante.
GUSTAVO SCARPA
A precisão de sempre nas cobranças de faltas laterais. O único que foi além da mediocridade, no entanto, a falta de ambição do restante do time o irrita.
WELLINGTON
Nos primeiros minutos, caiu pela direita. Além da velocidade e dos dribles, é uma boa arma para quem tem Gustavo Scarpa, pela quantidade de faltas que sofre ao lado da área. Foi sacado quando o jogo era para ele.
RICHARLISON
O inútil de quase sempre. Não dá sequência em nenhuma jogada e perde muitos lances importantes. Teve inúmeras oportunidades para matar o jogo. Fraquíssimo.
MAGNO ALVES
Mais uma vez, demorou a entrar. Na primeira bola que recebeu, matou no peito e bateu cruzado para boa defesa de Wilson. Depois, tentou, mas o Coritiba estava mais fechado.
LEVIR CULPI
Preocupado com o desespero do Coritiba e com a sequência de derrotas, o técnico tricolor escalou um time mais fechado no meio-campo. Outra mudança foi tática: no começo de jogo, Wellington caiu pela direita. Como seria óbvia a pressão para que o árbitro expulsasse um jogador do Fluminense, para compensar o vermelho para Kléber, Levir tirou Douglas, que já tinha amarelo, e colocou Marquinho. Com o jogo nas mãos e Richarlison perdendo um gol atrás do outro, inexplicavelmente, Levir tirou Wellington e colocou Marcos Junior. Tomou o empate. Com a contusão de Richarlison, colocou Magno Alves. Substituição que era para ter sido feita antes. O time é a cara de um técnico sem compromisso.
CORITIBA
Não existe. Sério candidato ao rebaixamento.
ARBITRAGEM
Deixou de dar faltas claras e alguns cartões. Expulsou Kléber por xingá-lo. É preciso que os árbitros entrem num consenso: a maioria faz vistas grossas para essas atitudes, principalmente, contra os auxiliares.
…SAINDO DE CAMPO
Fim de ano melancólico, de um time melancólico, de um técnico melancólico, de uma administração de futebol melancólica…
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Imagem: maj
Que o time era meia boca já sabíamos.
Mas temos ainda chances de G6.
Provável não é, mas temos que apoiar estes cabeçudos até o fim. 🙁
Isso, melancólico é a palavra.
ST