Neste domingo, o Fluminense voltou ao palco da dolorosa e conturbada eliminação da Copa do Brasil, contra o mesmo Corinthians. Mais uma disputa direta, uma vez que a agremiação do Parque São Jorge ocupava uma posição acima da nossa, com apenas um ponto de diferença. A vitória era muito importante, pois a quinta posição pode garantir vaga na Libertadores, dependendo do resultado da Copa do Brasil. O Corinthians, que também busca sua melhor formação, mexeu pouco em relação ao último jogo. O goleiro Cássio sentiu, sendo substituído antes do início do jogo. No Tricolor, Levir realizou apenas uma mudança, colocando Igor Julião no lugar de Welington Silva, suspenso. Welington se recuperou e foi para o jogo. O palco e os protagonistas eram os mesmos, o enredo apresentou alguma semelhança com o jogo anterior, mas o final foi diferente.
O Fluminense começou bem, de forma organizada e com bastante aplicação dos jogadores. Havia a necessidade do gol, mas não a obrigatoriedade, o que fez com que a equipe jogasse com mais tranquilidade e inteligência. O Flu se defendia com duas linhas de cinco. No ataque, surgiam boas jogadas nos pés de Scarpa, Marco Júnior e Welington, que precisa ser menos individualista. Os laterais apoiavam pouco, mas reforçavam bem o sistema defensivo. Aos 37, mais um pênalti não marcado a nosso favor, desta vez indiscutível. Outra vez prejudicados e, apesar do domínio tricolor, o primeiro tempo terminou sem gols.
Na segunda etapa, Levir optou por entrar com o mesmo time. O Fluminense voltou buscando o ataque e pressionando o adversário, mas nada de gol. Com a partida se aproximando da metade do segundo tempo, Levir começou a mexer no time, que a apresentava sinais de cansaço. Entrou Marquinhos no lugar do Douglas e Richarlison no lugar de Marco Júnior, que saiu sentindo dores. As substituições não surtiram efeito. O time perdeu a organização e o Corinthians passou a dominar o jogo, acuando o Fluminense em seu campo de defesa. Apesar da pressão, a defesa se portou bem, apesar de uma espirrada de Gum que quase culminou em gol contra, com a bola socando o travessão. Seria uma lástima, pois Gum vinha muito bem. Levir queimou a última substituição colocando Magno Alves no lugar de Welington. Mesmo com a pressão, o Time de Guerreiros resolveu ir para o tudo ou nada. Gustavo Scarpa estava visivelmente cansado. Perdeu um gol feito, após boa jogada de Richarlison. O sacrifício valeu a pena, colocando o time novamente no ataque. Após falta cobrada por Scarpa, a bola sobrou no alto. Magno Alves ajeitou de cabeça para Cícero chutar e romper a meta de Walter. Gol nosso!. Não havia tempo para mais nada, Final feliz para o Fluminense.
A vitória nos coloca em quinto lugar e nos mantém vivo na busca pelo G4. Tenho percebido uma evolução no time, que vem jogando de uma maneira mais organizada, com uma defesa mais sólida e um meio de campo mais dinâmico. Méritos do Levir. Ainda falta melhorar o ataque, principalmente o último toque, e fazer com que os laterais possam participar mais do ataque sem perder a capacidade defensiva. Ainda há espaço para alguma melhoria. O campeonato está muito nivelado, por isto levo fé.
A arbitragem… mais uma vez prejudicou o Fluminense. Desta vez, não houve dúvida, o pênalti em Marco Júnior foi visível para todos, inclusive para o quarto árbitro, que preferiu não intervir. Reclamar publicamente é válido, mas já passou da hora do Fluminense atuar mais diretamente junto aos mandatários que conduzem o futebol brasileiro, cobrando uma maior isonomia no tratamento dado aos clubes.
Nosso próximo jogo é sábado, contra o Sport. A partida será em Edson Passos, uma boa oportunidade para a torcida reencontrar o time e apoiá-lo na busca por mais uma vitória.
Panorama Tricolor
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Imagem: tiba