O Fluminense se levantou após três fiascos no Carioca e venceu o Audax no Maracanã.
Diniz optou por Felipe Melo na vaga de André, Jorge no lugar de Calegari e manteve Keno entre os titulares, com Yago no banco. No 4-2-3-1 Tricolor, Keno foi mais ponta e Árias buscou mais o centro.
Na primeira etapa, o Flu iniciou com Árias pela esquerda e Keno pela direita como ponteiro, o que abriu o corredor para os mergulhos de Samuel Xavier. A equipe de Diniz, como o próprio treinador gosta de avaliar, foi mais solidária no aspecto coletivo e também teve alguns protagonistas brilhando após um começo ruim, casos de Ganso e Cano.
Apesar de ter colocado Felipe Melo e não Lima na vaga de André, que estava suspenso, Diniz pelo menos não o enfiou entre os zagueiros, o que faz o Flu perder um homem no meio e ganhar um zagueiro sem função. O volante, assim como o time, procurou a saída pelo flanco, o que libera o lateral com mais facilidade sem a dobra de marcação. Ganso também aproximou muito da lateral direita para propor jogo, saindo por ali o passe para Samuel Xavier finalizar e a bola sobrar para Cano fazer o segundo gol.
Abaixo, o campo tático que desenha essa saída lateral que teve boa eficácia na temporada passada e no primeiro tempo contra o Audax.
A primeira etapa satisfatória da equipe, talvez o mínimo aceitável que esse time pode apresentar, se deu muito pela boa atuação de Ganso. Quando ele está inspirado e participativo, tudo se encaixa. Paulo Henrique é o elo da engrenagem, o cara que clareia, que facilita com classe. Ele é o diferencial técnico, a cabeça pensante.
Com Cano voltando a ser letal ao marcar um golaço de tiro longo e outro de oportunismo típico de um centroavante, o Flu conseguiu fazer dois gols no primeiro tempo e controlar o jogo com facilidade. Na etapa final, Diniz aproveitou o domínio amplo para fazer alterações e testar algumas possibilidades. Abaixo o Flu da metade final do segundo tempo.
O comandante tricolor precisa de testar, mas pode desorganizar menos o time para conseguir fazer seus testes. Ao colocar André de zagueiro, Martinelli de lateral, entre outras mudanças bem atípicas, Diniz acaba não proporcionando aos atletas que entram a possibilidade de atuar em uma equipe organizada. Giovani mais uma vez entrou bem e deu a assistência do terceiro gol. Lima deveria ter entrado desde o começo na vaga de Felipe Melo para dar mais volúpia ofensiva ao time, visto que era sabido que o adversário jogaria atrás da linha da bola.
O Flu venceu, mas ainda não convenceu. Pelo menos deu para enxergar uma luz no fim do túnel ao invés do retrocesso escancarado nos três fiascos anteriores. Salve o Tricolor!