Contraste (por Mauro Jácome)

 155 - 26052014 - Contraste

Contraste

Um desavisado que assistisse aos dois últimos jogos do Fluminense, não acreditaria que se tratava do mesmo time. A compactação em todos os setores do campo apresentada na quarta-feira, somente foi vista quando se defendia no sábado. A posse de bola, característica da Era Cristóvão Borges, virou de lado e o Bahia ficou com ela nos pés a maior parte do tempo.

Podemos atribuir isso à escalação de Kennedy no lugar de Rafael Sóbis e de Chiquinho no lugar de Diguinho. No primeiro caso, não houve alteração no posicionamento ofensivo e no auxílio à defesa, mas Rafael Sóbis está em boa fase e tem sido decisivo. Sem Diguinho, Wagner foi recuado e sua função foi exercida pelo Chiquinho. A consequência foi que o Fluminense ficou sem a opção de saída em contra-ataque, muito bem executada, atualmente, pelo Wagner. Até o chutão, expediente em desuso, voltou a ser utilizado por falta de alguém em condições de receber um passe no início da transição da defesa para o ataque.

Mesmo com as entradas de Rafael Sóbis e Diguinho, no segundo tempo, o jogo continuou com o Bahia ocupando o campo do Fluminense que, por sua vez, não encontrava a fórmula para chegar ao gol de Marcelo Lomba. Sorte ter marcado logo no início do jogo.

No meio de semana, o Fluminense visita o Atlético-MG. É importante se aproveitar dos “mandos de campo” antes da Copa. Certamente, é melhor enfrentar o Bahia longe da Fonte Nova e um Atlético-MG sem o seu alçapão do Horto. A partir da décima rodada, os campos serão devolvidos pela Fifa e, então, as dificuldades aumentarão.

Outro detalhe é com relação às contas: média de dois pontos por partida. Com 76 pontos, o título é garantido, principalmente, com um campeonato equilibrado como este. Com a vitória sobre o Bahia, a média do Fluminense é de 2,14. Mesmo com um empate, em Ipatinga, na quarta-feira, a média continuará na faixa dos dois pontos.

Washington

Em meio a tantas homenagens ao Washington, sempre me lembro de dois gols que não decidiram o jogo para o Fluminense. Pelo contrário, foram gols em partidas em que o tricolor se deu mal.

O primeiro, foi contra o Bahia, pela semifinal do Brasileiro de 1988. Eram mais de 110 mil pessoas na Fonte Nova. O gol foi logo aos 2’ do primeiro tempo e me deu esperanças de uma classificação difícil. No entanto, o time baiano virou, foi à final e se sagrou campeão.

O outro foi num Fla x Flu, em 1985. Era a partida de abertura do triangular final que decidia o Campeonato Carioca. Washington marcou aos 38’ do primeiro tempo. Largar na frente seria importantíssimo para o tricampeonato, mas, aos 45’ minutos do segundo tempo, durante uma pressão fortíssima do time rubro-negro, Leandro mandou um balaço da intermediária, a bola foi no travessão e, na volta, bateu nas costas de Paulo Victor e entrou. Lembro-me que assistia ao jogo pela TV, mas, também, ouvia pelo rádio. Quase que simultaneamente ao gol, joguei o rádio na parede da sala. Foi pedaço para todos os lados.

Fica aqui minha homenagem ao artilheiro que, com o Assis, formou uma das duplas mais famosas e eficientes do futebol. Muitas alegrias.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: globo

2 Comments

  1. Este FLAXFLU de 85 assisti na Escola de Marinha de Vila Velha-ES numa sala que normalmente cabiam 30 mas devia ter uns 80 e só eu e uns 5 tricolores mais uns 10 da arco-íris + uns 3 mineiros torcendo contra os mulambos, sufoco !!! mas éramos todos companheiros de farda e por sorte ninguém queria tumulto pq senão era cadeia e fim de semana sem folga, rsrs.

Comments are closed.