Contas 2015: superávit de 32 milhões (por Marcus Vinicius Caldeira)

CALDEIRA VERDE

O presidente Peter Siemsen encaminhou ao Conselho Deliberativo o demonstrativo financeiro do exercício de 2015. Todos nós, que vivemos de alguma forma a vida política do clube, já ouvíamos pelos corredores que o ano passado seria superavitário (de receitas maiores que despesas), mas confesso que fiquei positivamente surpreso com o tamanho do resultado positivo: R$ 31.802.000,00.

Excepcional!

O resultado já seria excelente em “condições normais de temperatura e pressão”. Mas não custa lembrar que o ano de 2015 culminou com a saída, destemperada, da Unimed. Muitos tricolores ficaram extremamente preocupados. A mídia escroque já sepultava o fim do Fluminense. E a “oposição pela oposição” no Conselho chorava a saída da patrocinadora: “O que será do Fluminense sem a Unimed”?, subiu à tribuna uma conselheira do grupo. Jamais me esquecerei dessa fala ridícula na tribuna. Por tais, ficaríamos como serviçais da Unimed ad eternum.

Mas a verdade é que a atual Diretoria já se preparava para a saída da antiga patrocinadora. Já sabia de antemão que a Unimed passava por um momento financeiro complicado e que dificilmente poderia continuar patrocinando o futebol do clube. Uma pena o presidente da Unimed querer mascarar a situação e ficar “jogando para a galera” como se a diretoria do Fluminense fosse a responsável pelo fim da relação. Mas, enfim, isso é passado.

No meio do ano, mais um susto: o conselho diretor pediu suplementação orçamentária. As despesas estavam maiores que as previstas. O conselho deliberativo  entendeu o pedido e deu mais um voto de confiança para o presidente Peter, atendendo ao pedido de suplementação orçamentária.

Tudo superado. Outra notícia boa no Balanço de 2015 é que o passivo do clube foi reduzido em R$ 18.575.000,00. De novo, isso tudo num cenário de crise no país e no mundo, com a saída de um patrocinador, numa época que os investimentos privados no futebol foram retraídos.

Algumas coisas explicam esse superávit: as vendas de Gerson e Kenedy trouxeram quantias significativas para o clube, o Ato Trabalhista reduziu os pagamentos por dívidas de trabalho, As receitas com bilheterias e com o sócio futebol aumentaram, além da adesão ao PROFUT, que também ajudou bastante.

Estamos num mar de rosas? Não. Ainda estamos sem o patrocinador master. O gasto com futebol aumentou, já que antes quem pagava boa parte era a Unimed. Estamos gastando com a construção do CT (engana-se quem acha que Pedro Antônio está doando dinheiro). Tudo isso tem um impacto financeiro, principalmente nas contas de 2016. Mas, sinceramente, me parece estar tudo sob controle.

E, claro, isso não teria valia nenhuma se o futebol não estivesse bem. Depois de três anos de problemas no futebol do clube, parece que a situação está se contornando. Tanto que ganhamos o importante título da Primeira Liga. Tenho boas expectativas para esse segundo semestre, ainda mais que já conquistamos o troféu diante de seis dos maiores clubes do país e outros clubes da séria A do Campeonato Brasileiro.

De minha parte, enquanto conselheiro, aprovarei as contas a não ser que apareça algum fato novo que me faça mudar de opinião daqui até o dia 16 de maio, data da reunião do Conselho.

Parabéns ao Presidente Peter e a todos envolvidos neste processo, por mais essa importante vitória.

Sigamos com os pés no chão, afinal é um leão por dia.

O Fluminense segue gigante.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: MVC / PRA

 

4 Comments

  1. Desejo não passar vergonha esse ano, temos 18 pontos que considero “imperdíveis” no brasileiro 6 do botinha, 6 do esgoto da lagoa e 6 da chapecoense.

    Do jeito que está agora, dá pra sonhar com Copa do Brasil, mas pro brasileirão, reforçar é preciso.

    E rezar pros apitadores pararem com certas perseguições, afinal na dúvida é sempre contra.

    ST

  2. Como tenho insistido, este se tornou, de fato, o momento de glória do fluminense destes tempos: a divulgação do balanço!

  3. Uma ressalva, Caldeira: estamos investindo na construção do CT. Como tricolor (e economista), alegro-me com a responsabilidade financeira das gestões do Peter. No futebol, propriamente dito, desejo e espero mais ação. Como disse o João Leonardo, esse é o ano para ganharmos mais um brasileirão. Portanto, olho no mercado. São poucas peças.

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