Ontem, no Programa Panorama, fui perguntado sobre a montagem ou não de um novo time do Flu pra 2015. Não há muitas dúvidas a esse respeito. Montar um novo time a partir de uma espinha dorsal do time atual, a ser completado com crias da base e jogadores pinçados de outras equipes.

Cavalieri, os beques (única posição em que parece que o Flu já se reforçou), Jean, Conca e Walter. Essa é a estrutura a partir da qual eu montaria meu time de 2015. Sim! Jean e Walter. Acredito que ambos ainda tenham muito a dar pelo time. Assisti, no Maracanã, a Fluminense x São Paulo, logo antes da Copa do Mundo. Esses dois, Walter principalmente, acabaram com o jogo. Jogaram muita bola. Walter teve uma atuação espetacular.

De lá pra cá, engordou.

Os grandes anos do Vasco, no fim dos anos 90, partiram de uma reconstrução desse tipo. Do Sport vieram Juninho e Leonardo. O destaque era o Leonardo. Curioso o destino… Similar à do Flu de 83. Jandir, Leomir, Tato, Assis e Washington, Romerito vieram juntar-se aos garotos, dentre eles Ricardo e Branco. A história, a gente já conhece.

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A situação do Flu parece a do Vasco na segundona. Certamente vocês se lembram de pontos atirados no lixo com derrotas e empates inaceitáveis. Dez pontos a mais e a realidade seria totalmente outra. O Flu estaria brigando pelo título e o Vasco já estaria na primeira divisão.

Águas passadas. Ainda há chance pros dois conseguirem o objetivo secundário. Libertadores tá na mão. Mas não será tão simples. O próximo jogo é contra um adversário que sempre causa dificuldades ao Flu. O Coritiba do craque em fim de carreira Alex é um adversário complicado até pela posição que ocupa. O jogo é ainda mais decisivo pela posição que o Flu ocupa. Empatado com dois outros times, a hora de abrir vantagem e respirar é essa.

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Ler n’O Globo que, há 50 longos anos, Nelson Rodrigues protestava que os jornais só falavam no Império do Mal como se não houvesse outros times no Rio de Janeiro é sem dúvida um alento. Tem horas em que eu quase me convenço de que somos todos loucos e teóricos da conspiração. Mais do que comprovar a nossa tese, o texto de Nelson mostra de quão longe vem essa história. Tempo suficiente para fazer tudo parecer muito natural. Apenas uma tendência natural em favor do mais querido. Só que não. Já há 50 anos.

Panorama Tricolor

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