Oi, pessoal.
“Com que time eu vou?” é a pergunta da torcida nesse momento. De acordo com o vice de futebol tricolor teremos Cícero e Wagner. Até “ontem” tínhamos o Conca. Nenhuma menção sobre Jean. Edson terá que ser comprado em abril…
Nesse cenário de indefinições, a tarefa de desenhar um time para 2015 torna-se difícil, quase agonizante. Ainda assim, vamos lá. Para mim, o cérebro e coração de um time é o meio-campo. Por isso, só citei os jogadores do setor.
Apesar de perder o Conca, o Fluminense conta com meio-campistas dos melhores em termos de futebol brasileiro. Mas eu não gosto do posicionamento que Cristóvão tem dado, especialmente, a Jean e Wagner.
No “futebol moderno” da década de 10 do século XXI, o 4-3-3, que assistia em meu país nos anos 1980, vige em inúmeros grandes times como o Arsenal, Real Madrid, Bayern de Munique, figurando ora como 4-2-3-1, ora com 4-1-4-1, bastando recuar ou adiantar os pontas e um dos meias.
No caso do nosso time, Jean joga em linha com Edson, à frente da defesa. Eu não gosto do posicionamento da linha dos volantes. Prefiro um volante jogando um passo à frente dos zagueiros, para cobri-los, e o outro dando o primeiro bote, pressionando.
Por isso posicionaria Jean à frente do Edson. O camisa 7 tricolor fecharia o meio e ajudaria na marcação pressão ao adversário, junto com Cícero (substituto do Conca) e Wagner. É o posicionamento desse último, minha outra crítica.
Wagner não pode ficar fixo na esquerda, marcando o lateral adversário. Nem há necessidade. O lateral adversário não será nenhum Carlos Alberto Torres nem Lahm. Pelo contrário. Então para que cansar um jogador de definição quando podemos usar o espaço nas costas do lateral?
É no meio campo que se ganha ou se perde um jogo. Com a filosofia que deseja a posse de bola e marcação pressão do meio para frente, faria uma trinca com Jean, Cícero e Wagner por dentro, explorando os espaços no lado do campo quando ganharem a bola, sem fechar o espaço para entrada do lateral ou o deslocamento dos atacantes.
Ataque que teria o mais veloz dos meias, Marlone, mais próximo do centroavante , no caso, Fred. Marlone cai muito bem pelos lados do campo. É ágil e fala a língua dos meias que, chegando de trás, compactados, fariam o nosso time ser um time técnico. Não tem que jogar com meias no lado do campo se não os possui. Muito menos “matar” um Wagner quando poucos times têm a chance de armar um meio-campo com esse trio.
Esse seria meu time, minha escalação, a sugestão ao “professor” Cristóvão, com carinho. Desejo sorte a ele, enfatizando o que pedi semana passada: o time precisa treinar outros posicionamentos para não travar como no ano passado, várias vezes.
#NaTorcidaPeloMeuTricolor!
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FLORIDA CUP: internacionalizar a marca é?
Internacionalizar marca é disputar Libertadores e Mundial de Clubes, não o que foi feito. O que foi feito foi ganhar um troquinho num torneio para “olheiros” e “terceiros”. Time despreparado, planejamento equivocado – como jogar com dois times contra alemães? Resultado: duas derrotas. O “óbvio ululante”, diria “nosso profeta”.
Para piorar, ainda vimos o Corinthians – o Império do Mal made in SP – jogando com o time titular os dois tempos e vencendo o Bayern Leverkusen. Enfim, a Florida Cup serviu para negativizar a marca Fluminense. Bola fora da diretoria.
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ADEUS, CONCA.
Eu compreendo a frustração de muitos torcedores com o argentino, mas não culpo o Conca de querer trabalhar com seu salário em dia. Porque a Unimed não vai pagar mais. E acreditar em dirigentes de nossos clubes, no Brasil, é arriscado.
Li, pelas redes sociais, tricolores o chamando de “mercenário”, afirmando que ele não precisa mais desse dinheiro e, inclusive, fazendo comparações com Fred, que cogitou diminuir o salário e atletas antigos, como Castilho, que amputou parte de um dedo para não ficar de fora de um jogo decisivo.
Entendo a revolta, a decepção, pela incerteza e um bombardeio de especulações que estamos sofrendo como torcedores. Mas, na verdade, eu vou deixar alguns pontos para nossa análise:
– Conca não pode ser irresponsável com sua família, sabendo que restam mais poucos anos de carreira, e abrir mão de meio milhão por mês? (R$ 500 mil da Unimed). O Fluminense não foi capaz de atrair um patrocínio que lhe garantisse o seu pagamento total. Ou não quis, igualmente preferindo negociá-lo. Por isso, eu não o culparei por escolher a segurança e estabilidade financeiras.
– Fred se ofereceu para o Cruzeiro, publicamente, na semana da última rodada do Brasileiro. Descobriu que nenhum clube brasileiro pode pagar perto do que ele já ganha. Ano passado, ele estava pronto para sair no Pós-Copa, tanto que Walter veio. E ficou no clube somente porque virou piada nacional e foi criticado internacionalmente por sua atuação apagada. Não é mercenário, como o Conca também não é. Nem ingrato e injusto com o clube. Eu acredito que ambos tenham, sim, carinho pelo Fluminense. E sempre terei por eles. Mas eles não são torcedores; são profissionais.
– Nos tempos antigos, o futebol não movimentava fortunas como hoje (ainda). Por isso, não sei se nossos grandes ídolos de antigamente, nesse cenário abastado, não pensariam em suas famílias, na estabilidade financeira, como Conca fez.
– Por tudo isso, afirmo duas coisas: desejo ao Conca toda felicidade na China. E, finalmente: meu ídolo no futebol ? Ah, fácil: sempre foi, é e será o FLUMINENSE.
Abraços.
Saudações Tricolores.
Até quarta, pessoal.
@CrysBrunoFlu
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Crys, você entende mais de estratégia do que muito treinador por aí. E não porque sou seu amigo, é a mais cristalina constatação!