Finalmente, após um longo período, me sinto seguro em dizer que o Fluminense não é um time em formação. Hoje o Fluminense é, definitivamente, um time pronto. Sai peça, entra peça, vende jogador, compra jogador e o futebol tricolor segue firme. Não tivemos (ainda) grandes momentos brilhantes, é verdade, mas nosso jogo, apesar das falhas pontuais, é consistente e isso é inegável. Enderson Moreira calou muita gente – inclusive eu – e arrumou a casa.

Os reforços chegaram pra fortalecer muito o grupo que já contava com Marcos Júnior em uma fase incrível. Osvaldo trouxe a opção de velocidade. Cícero mesmo sem jogar é garantia de qualidade no meio campo e presença dentro da área. Já o Ronaldinho Gaúcho… Bem, quando o cara é fora-de-série, a gente só pode bater palma. A estreia do R10 merece um espaço próprio.

Fiquei animado. Já havia passado a hora da 10 tricolor ter um dono digno. Obviamente, Ronaldinho mostrou um pouco de falta de ritmo em alguns momentos, mas seu toque refinado se fez presente em campo e a cada vez que a bola estava em seu domínio, era como se o jogo parasse por uma fração de segundos. Para completar, pudemos vê-lo jogar como um verdadeiro guerreiro: com garra e com raça.

Apesar de não ter um papel definido no sistema defensivo, ele não deixou o Grêmio descansar com a bola no pé. Foi pra cima do goleiro, deu bote em zagueiro e fez a torcida vibrar com aqueles dois carrinhos consecutivos. O cartão amarelo só serviu para o juiz ser xingado.

Mesmo sem gol ou jogada humilhante, para mim, a estreia foi sensacional.

O time de agora em diante

A zaga funcionou melhor com Marlon e Henrique, mas não sei se o segundo é o parceiro ideal para a nossa revelação. Com os jogos consecutivos a partir da nossa estreia na Copa do Brasil, a formação ideal deve surgir. Para a lateral esquerda, estamos “presos” ao Breno Lopes até que seja encontrada outra solução.

Agora, para o meio ficou difícil escolher. Edson e Jean, além da sombra do Pierre, agora vão enfrentar a concorrência do Cícero, que também pode jogar como segundo homem de criação, uma vaga que promete briga forte. Quem vai jogar com o Ronaldinho? Vinícius quando voltar? Gérson se não for embora? Gustavo Scarpa? Marcos Júnior? Isso sem falar nos garotos que ainda correm por fora, como Higor Leite e Robert. Um possível 4-3-3 acaba com a discussão, mas deixa o banco de reservas mais estreito.

Para o ataque também fica apenas uma vaga, é claro. Mas quem joga com Fred? Osvaldo ou Marcos Júnior? Ou ainda, como citei, será que o Flu vai com três atacantes?

De agora em diante, caberá ao Enderson saber como arrumar o time e quando variar o jogo, utilizando todas essas opções. Estou confiante que esses últimos três jogos do primeiro turno serão suficientes para um sprint de 19 rodadas rumo ao penta, com o risco de também abocanharmos o bi da Copa do Brasil. E que siga o show da torcida, o que o pessoal da Mobilização Tricolor fez não foi de brincadeira. Vamos pra cima!

ST!

Panorama Tricolor

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Imagens: PFC