Coluna tricolor (por João Leonardo Medeiros)

João Leonardo

Verde: Danielzico

Li um comentário na internet, não sei onde, não sei de quem – desculpe-me o autor –, que comparava o nosso Danielzinho ao Zico. Achei tão pertinente a comparação que de imediato pensei em chamá-lo, a partir de agora, de Danielzico.

Para quem não sabe, Zico estreou no Flamengo em 1971, com 18 anos, franzino como Danielzico e promissor como ele. Vejam só, estamos falando de 1971 e todos sabem que Zico só foi estourar mesmo no final da década de 1970, aos 24 anos. Entre um momento e outro, o meninote foi submetido a um tratamento sério e longo para ganhar corpo de profissional de futebol. Por essa razão, muitos o chamavam, à época, de craque de laboratório.

Ouvi dizer que o Flu está submetendo Danielzico a um tratamento semelhante. Espero que seja verdade e que seja sério. Bola o menino tem de sobra. Agora, tem ganhar um corpo que o permita suportar a implacável marcação a que um jogador com suas qualidades (passe longo e drible fácil) é submetido. Que encorpe o menino e desabroche o craque.

Grená: futebol e política

É uma mistura mais proibitiva do que álcool e direção: futebol e política. Agora, atenção: não me refiro à política lato sensu, mas à política do clube. O que vemos no Fluminense é exatamente isso: a gestão de sua atividade-fim, o futebol, está sendo utilizada como trampolim político para o candidato da situação.

Hoje, parece que a preocupação maior do clube é com a preservação do VP de futebol, o senhor Mario Bittencourt, e com o gerente de futebol, o senhor Fernando Simone. São eles os responsáveis diretos pelos últimos desacertos na gestão do futebol. Um dos dois é virtual candidato a presidente do clube e, portanto, não pode nem ser demitido, nem criticado. Toda vez que alguém fala mal da gestão do futebol, é acusado de alinhar-se com a oposição (na minha opinião, inaceitável) de Deley, Horcades e Barros. Pois bem: a gestão do futebol de Bittencourt tem feito mais pela oposição do que o próprio Barros seria capaz de fazer.

Em suma, o presidente atual encontra-se diante de um dilema: se demitir o VP de futebol, fica sem o candidato preparado há anos; mantendo-o, tem de rezar para melhorar o futebol, pois, como está, produz o efeito indesejado de fortalecer a oposição. Por enquanto, está rezando.

De minha parte, revelo já meu posicionamento, de maneira clara: sou sócio proprietário e não voto de forma alguma no Bittencourt. Se a situação quer meu voto para o candidato que vier apoiar, que demita imediatamente Bittencourt, coloque alguém de peso em seu lugar (Ricardo Tenório é um ótimo nome) e no lugar do Simone (Parreira, se tiver deixado a Traffic, claro, ou Marcelo Teixeira).

Por fim: votei em Siemsem no último pleito e não voto em Barros, no Horcades, no Deley ou naquele que os três apoiarem de jeito nenhum, nem se formos rebaixados esse ano.

Branco: a volta da Young Flu

Que venha a grande Young. Seja bem-vinda mais uma vez. Esperamos que prevaleça a torcida Young de paz, deixando aquela bobeirada de torcida de porrada para lá. A Young, junto com a Força, a antiga Jovem, a Garra, a Fiel, a Flunitor e tantas outras fizeram mais pela popularização do Fluminense do que qualquer diretoria do clube. Foi por causa de torcidas como a Young que garotas e garotos pobres e mesmo de classe média (olha eu aí) puderam e podem frequentar estádios. São elas que organizam as caravanas, que fazem campanhas para custear ingressos, que organizam a batucada e a festa. São as torcidas organizadas que fazem do futebol uma festa popular.

Lamentavelmente, são as mesmas torcidas que concedem aos seus detratores argumentos para extingui-las, ao envolverem-se em brigas, confusões e mesmo assassinatos. Nada disso é necessário ou importante para as torcidas. Importante é sua existência. Que, em prol da própria preservação, se deixe a violência de lado e se promova a festa. A nossa festa sempre foi mais bonita, entre outras razões por causa da Young.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: JLM / PRA

8 Comments

  1. Por favor, não coloca o apelido do príncipe das trevas e eterno pé frio no Daniel (chama de DanielPreguinho) rsrsrsrsrsrs

    Não sei se vai haver alguém (com propostas) pra votar.

    Xerém vai bem obrigado, não sabemos das intenções com seus frutos.

    As organizadas, deveriam combinar e cantar as mesmas músicas (sempre).

    #QueroGritarCampeão

    ST

  2. O Zico tá com a máquina do tempo! Corrige isso aí! Saiu errado! Danielzinho é fraco.

  3. Por fim Xerém!

    Uma máquina de revelar jogadores, talvez o maior acerto da gestão de Peter, chama-se Xerém, o valor que ele deu a nossa categoria de base, ao comando de sempre muito competente Marcelo Teixeira (Não o tiraria de la) é algo a ser sempre elogiado ao presidente. A geração atual campeã brasileira sub 20 está repleta de bons valores, e ao menos a princípio temos motivos para ter esperança em cada vez mais, Xerém nos fornecer atletas capazes de qualificar nosso elenco!

  4. Sobre a torcida organizada, tenho de semelhança opinião, elas são parte e importante da festa, desde que trabalhem no sentido de promoção do Fluminense acima de tudo, entendo que futebol sem torcida organizada, fica tão chato quanto a torcida do Chelsea, tantas vezes criticadas por Mourinho.

    Sobre a parte política do clube, infelizmente sei pouco, até por não ser tão ativo assim, e esse é um ponto que deveria ser debatido de forma mais ampla, visto que o voto hoje é popular.

  5. Eu também sou sócio proprietário e não voto no Bittencourt de jeito nenhum!!! Não darei meu voto para a oposição oportunista, nem vou mudar de ideia se um milagre nos tirar do marasmo. Espero que o Peter, por amor ao Fluminense, rompa este círculo vicioso e coloque alguém sem a arrogância de MB para cuidar do futebol profissional. Alguém que imponha limites ao Fred e contrate um técnico de qualidade que treine este time. Que João de Deus interceda por nós. Saudações tricolores

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