Menos mal que a atitude do time do Fluminense mudou um pouco em relação aos últimos jogos no primeiro tempo em Chapecó – e só. Mais uma derrota, a saída do G4, a coisa bem feia. No saldo geral, marasmo do time e de Cristóvão à beira do campo.

Mesmo com o tradicional 4-4-2 e a improbabilidade de Fred e Walter juntos no ataque. O primeiro buscou jogo, batalhou, embora sem brilho. Já o gordinho quase fez o gol de placa Pelé 1970, chutando de antes do meio de campo e assustando o goleiro. Não faria nada mais a seguir, salvo um cruzamento.

Primeiro tempo sem grandes emoções, os times com algumas chances de gol, a partida muito disputada nas intermediárias. Cada dividida com cinco jogadores em cima. No último lance, belo cruzamento de Walter para a cabeçada fraca de Fred. No começo, Elivelton deu dois sustos, depois se estabilizou. Um chataralho o tal do zagueiro Jaílton, sempre aporrinhando na marcação e causando cartão amarelo para Henrique. Diante das últimas atuações, Carlinhos foi até bem. No saldo, 45 minutos de boa briga, pouca técnica e um bocado chato.

Segundo tempo, Cristóvão mexeu colocando Edson no lugar do eterno Bruno, com dor na perna – alguém sabe dizer quem ficou na lateral? O Flu começou pressionando, conseguiu quatro escanteios seguidos e um bom chute de Jean. A resposta foi a pressão da Chapecoense, que marcou aos 15 minutos, num balão do Henrique que o cara aproveitou cruzando de cabeça e Camilo completou. Cavalieri não foi bem no lance.

Restava atacar na meia-hora ainda disponível, mesmo que mais na base do entusiasmo, sem brilho técnico, essencialmente nas avançadas do Carlinhos pela esquerda. Cristóvão lançou Sobis no lugar de Walter para… aumentar a velocidade. Resultado? Marasmo…

Em vão. O panorama não se alterou. O Flu tentando atabalhoadamente o ataque, nenhum sucesso. A Chapecoense, opaca. As jogadas muito truncadas. Sem Conca e Cícero a brilhar, o Tricolou revelou-se uma presa de fácil captura. Chuveirinhos para a área, nenhum preciso. Ninguém entregou, ninguém brilhou. No fim, outra cereja estragada do bolo com o destempero de Carlinhos, expulso.

Existe uma crise, não adianta fingir que o mundo é belo. Os velhos tempos do Barão Vermelho: “Declare guerra a quem finge te amar/ a vida anda ruim na aldeia/ chega de passar a mão na cabeça de quem te sacaneia”.

Domingo, no Maracanã, não é lugar para deslumbrados e nem para aquele papo de gol sofrido. Vai ser duro demais, o Sport é bom, a briga neste momento é para não despencar na tabela. Faca nos dentes, antes que seja tarde.

Duro é entender o que fez um time de futebol tão bonito se tornar um pastiche 2013. Falemos do todo, não de uma vírgula.

A força da grana que ergue e destrói coisas belas.

Panorama Tricolor

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