É muito cedo, evidentemente. Mas o início da era Cristóvão no Fluminense superou as expectativas até do mais otimista dos torcedores.
São 3 jogos com vitórias convincentes, 11 gols marcados, nenhum sofrido, liderança no recém-começado Campeonato Brasileiro, classificação direta (sem jogo de volta) para a 3ª fase da Copa do Brasil. Não é pouca coisa.
Mas ainda é cedo. Principalmente porque carecemos de enfrentar adversários mais fortes para provar a nossa força. Nem sei se esse adversário é o Palmeiras de amanhã, mas esse jogo é certamente o mais difícil dessa nova era que parece estar se iniciando.
Cabe a ressalva de que melhor do que há um mês estamos, sem nenhuma dúvida. Esse primeiro teste de amanhã servirá mais para o torcedor ter noção de até onde esse time pode chegar. Mas a melhora é uma certeza, basta pensar que no Campeonato Carioca enfrentamos equipes tão fracas como o Horizonte e talvez o Tupi (que pelo menos disputa a série C do Brasileiro) e bem piores que o Figueirense e penamos muito para ganhar ou até perdemos.
Esses 3 jogos trouxeram de volta a alegria de assistir aos jogos do Fluminense. Sou um torcedor que tenta acompanhar todos os jogos em que essa nossa camisa esteja em campo, seja dos profissionais ou das categorias de base. Mas, desde o longínquo dia da confirmação do tetracampeonato contra o Palmeiras em 2012, é inegável que prazer em ver nosso time jogar nunca mais existiu.
E bastou a nova postura já no 1º jogo, contra o Horizonte, para que o torcedor novamente adotasse o time. É óbvio que vencer é sempre melhor, mas percebe-se que o torcedor estará ao lado dos jogadores e do treinador mesmo quando a derrota acontecer. Basta que ele continue a ver em campo profissionais que entendam a magnitude da camisa que estão vestindo, o que tem ocorrido desde que Cristóvão assumiu o comando do Tricolor.
E, como muitos já falaram e escreveram, quando os jogadores do Fluminense conquistam a torcida e ambos estão do mesmo lado, em sintonia, é difícil bater essa centenária camisa. Hoje os asseclas travestidos de jornalistas devem estar bastante preocupados e pessimistas, com seus rabos sentados em suas acolchoadas cadeiras.
Em nível individual, Cristóvão até aqui conseguiu resolver alguns problemas do time com soluções caseiras. São os casos da lateral direita e do companheiro de criação de Conca. Bruno subiu muito de produção e hoje, caso ele mantenha esses níveis de atuação, o antigo problema da lateral direita estará sanado. Wagner entrou muito bem ao lado de Conca. Confesso que já não tinha mais esperanças quanto a esse jogador e estou adorando que ele esteja provando o meu erro em considerá-lo uma causa perdida.
Mas outros problemas crônicos do time a magia que Cristóvão parece estar exercendo em Álvaro Chaves não será capaz de resolver. São os casos da zaga e da falta de velocidade do time na hora de contra-atacar. Melhoramos em ambos os casos com o acerto tático (na verdade, ele criou uma tática, que não existia com o antigo treinador) que o treinador deu ao time, mas só isso não será suficiente para as duras batalhas que estão por vir. É necessário que a diretoria consiga trazer zagueiros e um atacante capaz de puxar nossos contra-ataques.
Contudo, ainda é cedo. Mas está dando gosto ver a provável ressurreição que está sendo capitaneada por Cristóvão Borges.
Rápidas:
– Como é bom ver Frederico fazendo o que dele se espera (dentro do campo);
– Como é bom ter um treinador humilde e trabalhador representando nosso clube. Cristóvão deu um show no “Bem, amigos”;
– Será que Celso Barros se convenceu da grande cagada que fez ao impor as contratações de Wanderlei Luxemburgo e Renato Gaúcho?
– Gostei da defesa institucional que o clube fez essa semana para mais uma blasfêmia da imprensa contra o Fluminense. Esse tipo de postura já devia ter sido tomada há muito tempo;
– Que figura é o Walter. Cada vez mais gosto desse jogador, dentro e fora do campo.
Panorama Tricolor
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Imagem: http://www.superesportes.com.br/
Boa Sorte ao nosso Cristóvão e desde já agradecemos por nos devolver a alto estima e o prazer de voltar a ter orgulho do nosso Fluzão…….
Perfeito, Renard. Exatamente isso!
Um abraço.