De uma hora para outra, o Fluminense demonstrou interesse em Daniel Alves, o lateral direito titular absoluto da seleção brasileira.
Motivo para festa, expectativa de grandes jogos, vitórias e até títulos?
Não.
O que se viu foi um festival de discussões, opiniões, debates acalorados…
De um lado, aqueles que acreditavam que Daniel Alves seria o grande reforço do clube para a reta final do Brasileirão. Havia até quem já apostasse no título carioca do ano que vem.
Do outro lado, a galera que era contra a contratação do jogador. As alegações contra a negociação eram as mais variadas: a idade do jogador, o fato de não terem sido trazidos outros jogadores anteriormente, medo de dívidas futuras etc.
Então surgem os teóricos da conspiração. Apostam em cortina de fumaça. Mas para esconder o quê? De que adiantaria uma cortina de fumaça de 12 horas? Esconderia o que, que já não saibamos?
A solução para toda essa confusão saiu do próprio jogador. Ele disse não ao Fluminense.
Mesmo sem ter nenhum outro clube interessado, mesmo sob a possibilidade de ficar sem jogar e colocar em risco sua convocação para a Seleção Brasileira, ele disse não ao Fluminense.
Já tem algum tempo que eu venho dizendo nas mídias do PANORAMA sobre algo estranho que estava acontecendo: nenhum jogador mais sério, ou com uma certa autonomia quer vir para o Fluminense. O clube das Laranjeiras não é primeira opção para nenhum jogador das prateleiras de cima.
Aliás, pelo que fez Daniel Alves, talvez não seja nem mesmo opção até quando não há mais ninguém interessado no jogador.
Hoje, o Fluminense só é primeira opção para jogadores sem expectativa de grandes voos. Aqueles cuja possibilidade de jogar em algum clube da Série A, já seja quase nula. Os reforços refugos para a Libertadores são a prova disso.
Por mais que seja duro dizer, o Fluminense parece ser uma espécie de persona non grata entre os jogadores de futebol.
Bom, pelo menos o caso Daniel Alves chegou ao fim.
Que se dissipe a tal fumaça, e que seja revelado o que afinal estava oculto aos nossos olhos. Acho difícil ter alguma coisa que a gente já não saiba.
Teremos mesmo de nos contentar em ver em campo jogadores como Cazares e Bobadilla. Duas barangas que impedem que joias da base possam ser ao menos testadas no time principal.
Ainda existe uma grande parte da torcida que quer que esperemos mais um pouco, para que eles possam enfim mostrar algum futebol. A mesma paciência parece não haver com os meninos Xerém. Uma pena.
Tem horas que é difícil escrever sobre o Fluminense, mas desconfio que está sendo bem mais difícil ler isso até o final.
Paciência… que tenham paciência e me concedam um pouco mais de tempo para finalmente apresentar uma boa coluna.