Campanha pela renovação de Vinícius (por João Leonardo Medeiros)

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Ninguém este ano jogou mais bola com a camisa do Fluminense do que Vinícius. Nem Scarpa, que teve atuações brilhantes, igualou a performance do camisa 29 (?!) do elenco.

Após um começo claudicante, no qual parecia ser um jogador lento, embora habilidoso, Vinícius desabrochou e passou a comandar nosso meio-campo. As qualidades de grande jogador logo se evidenciaram: ótimo passe vertical ou curto, bom chute, excelente visão de jogo. Ou seja, um meio-campo raro no futebol de hoje, mesmo no cenário internacional (quanto mais no Brasil). Sob seu comando técnico, com Fred no ataque e a garotada correndo, estivemos sempre no G4, sonhando com título.

Para nosso azar, Vinícius teve uma contusão no seu melhor momento. Sua saída desmontou o meio-campo e, com isso, o time desmoronou. Os treinadores que se sucederam demonstraram-se incapazes de remontar o time e o resultado foi uma vertiginosa queda de performance, com equivalente efeito sobre a colocação na tabela. Hoje, como todos sabem, em lugar de sonharmos com o título, estamos todos apreensivos com a proximidade do chamado Z4.

É claro que nem a performance destacada do início, nem a queda do segundo turno podem ser atribuídas somente à presença ou ausência de Vinícius. Muitos outros elementos contam na equação, desde o afastamento de Gerson até a inócua (mas acertada) tentativa de fazer Ronaldinho jogar novamente. O perfil dos treinadores que nos comandaram no período também não ajudou nem um pouco e a péssima atuação dos senhores Drubsky e Moreira nos impediu de disputar alguns jogos (quanto mais de vencê-los). Isso tudo é fato. Mas também é fato que, com Vinícius, a história era outra e poderia ter sido outra.

Pois bem: todos os tricolores que conheço torceram muito para a volta de Vinícius. Ele reapareceu gordão nas Laranjeiras e, daquele jeito, seria mesmo uma temeridade colocá-lo de volta ao time. Mas atenção: isso foi em agosto e nós estamos em outubro. Desde agosto, o cara sumiu, nem relacionado foi, mesmo em jogos em que o banco tinha dois goleiros. Ninguém veio a público dizer o que aconteceu, se se trata de um problema de relacionamento, se o cara ainda está gordo, se a questão é a renovação do contrato, nada. O clube optou mais uma vez pela técnica de comunicação de avestruz: coloca a cabeça debaixo da terra e espera passar o que for. Isso nunca deu certo, evidentemente.

Usando de novo a expressão: todos os tricolores que conheço, e são muitos, querem Vinícius com contrato de Wellington Paulista, bem remunerado até 2018. Todos querem, sem exceção, ver o cara ano que vem com a 10 nas costas liderando nosso meio-campo de novo, com Scarpa, Biro-Biro ou Marco Junior e Fred ao seu lado. Não conheço um único tricolor que acha que podemos perder a oportunidade de ter Vinícius no elenco.

Mas ninguém sabe qual é a do clube. O contrato de Vinícius encerra-se agora mesmo e já tem gente grande de olho, claro. O cara não apurou a forma? Repreensão nele, com multa e tudo. Criou confusão no vestiário? Dura nele. Reclamou pela imprensa? Bota o Fred para falar com ele. O que não pode é perder um bom jogador por uma questão pouco relevante para o conjunto. O clube teve uma paciência infinita com Walter, a pior transação do Fluminense desde Beletti. O clube tem paciência infinita com Wellington Paulista e com o responsável por contratá-lo, seja lá quem for. O clube é uma mãe para Vítor Oliveira, Breno Lopes, Artur, João Felipe. Mas resolveu jogar duro logo com Vinícius, sabe-se lá por quê.

Pode ser que o clube tenha suas razões. Pode ser. Mas a comunicação de avestruz nunca nos deixará saber. Isso, no entanto, é irrelevante. O que importa mesmo é o seguinte: o Fluminense trouxe no começo do ano sete jogadores, identificados pelo poderoso scout, que o clube garante ser hiper-criterioso. Curiosamente, dos sete, todos são representados por um ou outro dentre dois empresários, o que nos leva a crer que o software que ajuda na seleção de talentos tem um vício tremendo. Dos sete contratados pelo viciado scout, seis (incluo Giovanni) não jogam absolutamente nada, sendo que um já deixou o clube por absoluta incapacidade técnica. O único que tem futebol suficiente para vestir a camisa titular do Fluminense é Vinícius. Não dá para aliviar com o cara e pressionar os outros?

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: artflu

CAPA O FLUMINENSE QUE EU VIVI AUTÓGRAFOS

6 Comments

  1. XARÁ ,BOM DIA.TO CONTIGO NESSA.RENOVAÇÃO COM VINICIUS TEM QUE SER PRA ONTEM.ELE EM 45 MINUTOS FOI NOSSO MELHOR JOGADOR.O QUE ESTÁ ESPERANDO A DIRETORIA E RENOVAR LOGO O CONTRATO DO VINICIUS? O SÃO PAULO ESTÁ EM CIMA DELE E ELES TEM QUE AGIR RÁPIDO.A PORRA DO BITTENCOURT TEM QUE CHAMAR ELE E O PROCURADOR DELE QUE OÉ O MESMO DO FRED E ACERTAR ESSA SITUAÇÃO.NÃO PODEMOS PERDER UM JOGADOR COM A CARA DO FLUMINENSE.RAÇUDO,TÉCNICO E COM AMOR A CAMISA.TO CONTIGO NESSA CAMPANHA E TEMOS QUE CONSEGUIR.

  2. Cadê o Edson, porque ele não entra mais? Era o único que sabia marcar no meio campo.

  3. Melhor desperdiçar dinheiro com o caneludo do WP????

    Deixaram o Guilherme Mattis (que não é lá essas coisas) ir embora pra ficar com Henrique (que nunca foi essas coisas).

    Só pra ficar em 2 exemplos.

    ST

  4. Calma Leonardo!. Vc está igual aos torcedores que comentam nos blogs. Vc como blogueiro deveria escrever fundamentado. Não deveria escrever por escrever. No site da NETFLU, blog do Garcez, tem um torcedor do Flu que viu o Vinícius, na madrugada em uma boate na Barra, com um pé calçado e outro não, totalmente embriagado. Vc desperdiçaria dinheiro com um sujeito que não consegue ser um atleta completo?.

    1. José, meu caro,

      Obrigado pela zelosa postagem. Agora, com todo respeito, seu comentário é contraditório. Você pede que não aja como comentaristas de blog e fundamente minha opinião. Mas a sua própria opinião é baseada numa acusação sem provas feita… num comentário de blog! Irresponsável eu se desse eco ao comentário.

      St,
      João

      1. E relembro o saudoso João Saldanha:

        “Escolho os melhores jogadores para jogar bem na Seleção, e não para serem meus genros”.

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