A sátira tricolor sobre Caio Paulista (por TTP)

Tinha tudo para ser uma linda história.

Um jovem é dispensado do seu clube de coração nas categorias de base. Vai para outro time, onde se profissionaliza. Volta para o clube de coração e dá a volta por cima, se destacando em campo e se tornando uma das peças fundamentais da equipe.

Se acontecesse um gol em uma final, garantindo o título, teria tudo para ser um filme da Disney.

Como se trata de Fluminense, o conto de fadas, ganha toques de sátira.

Com Caio Paulista, a primeira parte da história até aconteceu: ele foi dispensado do Fluminense e acabou se profissionalizando no Avaí, de Santa Catarina.

Em 2020, retornou ao Fluminense por empréstimo, onde atuou diversas vezes no Campeonato Brasileiro, que terminou já em 2021. E foi justamente em 2021 que se tornou titular e acabou ganhando destaque em campo, surpreendendo os torcedores e até mesmo arrancando reconhecimento daqueles que não o suportam.

O que caracteriza a sátira tricolor é o fato de que o gol na tão sonhada final ainda não veio. Mas o desfecho apoteótico com a contratação até 2026, por um valor de quase R$ 6 milhões por apenas 50% do passe do jogador, já aconteceu.

No Fluminense, o final feliz acontece antes do enredo se desenrolar, como aqueles filmes que o final decepciona.

Nada contra o jogador, mesmo porque a galera do PANORAMA sabe que fui um dos primeiros a dizer que, no esquema horroroso de Roger, ele seria o que mais daria certo. Porém, esses valores financeiros sim, assustam (como gosta de dizer a diretoria).

Pois é. Comparados ao Fluminense, até os filmes água com açúcar da Disney, com aqueles rapazes lindinhos e meninas perfeitinhas, cantando musiquinhas enjoadinhas que não saem da sua cabeça, são muito bons.

Fosse cinema, nosso Fluminense talvez conseguisse o Framboesa de Ouro, nas categorias Direção e Enredo Adaptado (que, aliás, parte da torcida adora e assimila).

O duro seria escolher a categoria do filme: comédia pastelão, drama mexicano ou terror com muito junto scare!

Opção por vilão é o que não falta. O que está realmente bem longe de aparecer é alguém para ser o protagonista e herói.

Paciência, vida que segue.

Bom filme para vocês.

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