Primeiro tempo
Renato Gaúcho disse que o time entraria mais concentrado. Referia-se ao apagão do Fluminense frente ao Botafogo no domingo. Verdade. Marcação adiantada, movimentação e passes rápidos. O resultado foi o domínio completo até os 30’ e algumas boas chances de gol. Só o Biro Biro entrou três vezes na cara do ex-goleiro tricolor Luís Cetin. Não teve sorte e nem tranquilidade ou visão de jogo para passar a bola a algum companheiro melhor colocado.
A suspensão de Valência fez com que o técnico optasse por um esquema mais ofensivo. Jean e Diguinho fizeram a dupla de volantes, mas nenhum se posicionou entre os zagueiros, como faz o colombiano. Dessa forma, e, com a atuação ruim do lateral Ailton, a Cabofriense teve alguns espaços para contra-atacar, principalmente pelo lado direito.
Aos poucos, a marcação avançada do Fluminense perdeu fôlego e surgiu um grande espaço entre o meio-campo e os atacantes. Então, a bola batia e voltava e, por esse vácuo, o time de Cabo Frio saía com velocidade, mas esbarrava na linha à frente da área de Cavalieri. Após os 30’, tivemos uma única jogada de perigo: uma boa cabeçada de Fred que foi defendida pelo goleiro Luís Cetin.
A primeira metade do jogo mostrou duas faces da moeda tricolor: inicialmente, a procura do gol; depois, a falta de vibração e a acomodação dentro de campo.
Segundo tempo
Os jogadores do Fluminense voltaram com a orientação de buscar o ataque. Pela direita com Bruno e pela esquerda com Biro Biro, mas o adversário estava bem fechado. Aos 12’, cruzamento de Jean e Fred perdeu um gol incrível, sozinho na pequena área cabeceou para fora.
A Cabofriense pouco saía da defesa, mas, numa subida, abriu o placar. A partir daí, com a desvantagem, o Fluminense se lançou ao ataque e quase empatou em dois lances.
Após os 20’, a ansiedade e o nervosismo juntaram-se às limitações do Fluminense. Então, cada um queria resolver de qualquer jeito. A Cabofriense é um time que sabe o que faz. Montou um forte bloqueio à frente de sua área e buscou alternar o contra-ataque com a posse de bola.
No desespero, ao Fluminense restava tentar chutes de fora da área ou usar o expediente da bola aérea. Nos últimos minutos, Wagner, num balaço, quase marca. O goleiro da Cabofriense colocou a escanteio. Em seguida, Walter levantou no bolo, Fred protegeu, matou no peito, deu um drible seco no zagueiro e fuzilou, estufando as redes. Finalmente o artilheiro marcou.
No último lance do jogo, Diguinho quase vira batendo de longe, mas o goleiro Luís Cetin fez mais uma boa defesa. Fim de jogo e o sonho de conquista da Taça Guanabara ficou bem mais longe.
Moral do jogo: Conca está sentindo a falta de companhia.
Panorama Tricolor
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Foto: globoesporte.com