Amigos, amigas, o Fluminense terminará a 13ª rodada do Campeonato Brasileiro a uma distância de 14 pontos do líder do campeonato. Na manhã desse domingo o Atlético MG meteu 3 a 0 no Bahia e abriu 12 pontos na nossa frente. Escrevo essa coluna a meia hora do jogo do Flamengo, que enfrenta o São Paulo e pode abrir quatro pontos de vantagem com dois jogos a menos.

Temos em Fortaleza, Bragantino e Athletico PR três interessantes pontos de interrogação. Conseguirão manter a pegada desse primeiro terço de campeonato? O Santos é o quarto ponto de interrogação, que deve nos preocupar, mas é bom ficar de olho no São Paulo.

Eu vejo, portanto, Palmeiras, Atlético MG e Flamengo como três candidatos ao título. Vejo Bragantino, Fortaleza, Athletico PR, Santos e São Paulo como candidatos à briga por G-4 e G-6. E acabou!

A derrota de ontem para o Palmeiras praticamente nos tirou da briga pelo título com 1/3 de campeonato disputado, o que é muito ruim em se tratando de um clube que tem elenco para brigar por ele. O próprio jogo de ontem mostra isso muito claramente, mas já vamos falar disso.

O Fluminense está a 14 pontos do líder, deve terminar a rodada a 7 ou 8 pontos do G-4 e a 7 pontos do Z-4. Falar que o Fluminense corre risco de brigar contra o rebaixamento é quase o mesmo que acreditar na loira do banheiro. Isso, no entanto, não muda o fato de que estamos fazendo um campeonato errático, que explica plenamente a nossa posição atual na tabela.

Parece-me nítido que o Fluminense briga, aparentemente, com Fortaleza, Athlético PR, Bragantino, Santos e São Paulo por uma vaga no G-4 ou G-6. Infelizmente! Convém que, daqui para frente, tenhamos isso em mente e deixemos de cometer erros que nos estão custando caro, porque até o G-6 pode começar a ficar distante ao final dessa rodada.

Diante do Palmeiras, na partida de sábado, o Fluminense mostrou que não tem medo de bicho papão. Mesmo com o recorrente erro de escalar Nenê e Fred desde o princípio da partida, tivemos mais que nossos 20 minutos de pressão. Conseguimos ser superiores ao Palmeiras durante 45 minutos, mas é preciso ressaltar que só fomos efetivos ofensivamente nos primeiros 20 ou 25 minutos.

Já a partir dos 20 minutos, ficava claro que era preciso mexer no time para manter aquela pegada sensacional do início do jogo. Só que as coisas não funcionam assim no Fluminense. Roger levou inacreditáveis 25 minutos de segundo tempo para trocar peças. Pois foram exatamente esses 25 minutos que determinaram nossa derrota, com falhas bisonhas de Egídio e Manuel. O primeiro, para variar, correu para não chegar e errou o bote. O segundo, sem necessidade alguma, cortou o cruzamento para dentro da nossa meta.

Durante 25 minutos o Palmeiras conseguiu exercitar sua autoridade de líder do campeonato, inclusive com Abel trocando três jogadores nesse ínterim. Não fosse defesa espetacular de Marcos Felipe, o Palmeiras, que não molestara sua meta durante 45 minutos, teria marcado o segundo.

Bastou Roger tirar Nenê e Fred, colocando Cazares e Abel Teixeira, que o Fluminense reequilibrou o jogo e, na sequência, voltou a ser melhor no jogo, criando duas ou três boas oportunidades de gol. Isso, amigas, amigos, já sem Caio Paulista, que fora substituído por Luis Henrique. Mesmo trocando, já aos 36 minutos, Yago por Ganso e Gabriel por Kayky, continuamos superiores.

O que mostra a força do elenco que nós temos. O que deveria nos inspirar maior ambição dentro da competição. Vejam bem que estamos falando de uma partida contra o líder do campeonato, que venceu as últimas nove partidas que disputou. Que está classificado para as quartas de final da Libertadores e vivo na Copa do Brasil. Por que não nós?

Será que nunca entrará na cabeça de Roger que Nenê e Fred juntos desde o início das partidas não vai funcionar nunca? Será que Roger não perceberá nunca que Fred é uma arma poderosa para os 20 minutos finais de uma partida, entrando em campo quando o adversário estiver desgastado e Fred possa equilibrar em desempenho físico, fazendo prevalecer suas qualidades técnicas?

Perdemos a primeira de quatro decisões. A mais difícil delas, mostrando que temos condições de vencer qualquer adversário. Tudo indica que, em menos de dez dias estaremos celebrando nossa classificação para as quartas de final da Copa do Brasil e da Libertadores, com plenas condições de ganharmos as duas competições. Só não podemos continuar incorrendo nos mesmos enfadonhos erros.

Saudações Tricolores!