O campeonato mais fácil de todos os tempos. É o que o Flu tem pela frente. Já ganharam de dois adversários e não parece haver no horizonte nenhum adversário a temer. O campeão Cruzeiro é comandado por um medroso e está envolvido com a Libertadores. O time mais complicado parece ser o Internacional do velho conhecido Abelão. E, claro, suas próprias dificuldades. O tempo passa e Gum segue ali, preocupando. Até o Vasco, em sua eterna crise financeira, conseguiu resolver o problema de sua zaga desfalcada pela venda de Dedé. Luan, cria do clube, e Rodrigo, já veterano, conseguiram estabilizar o setor. Será que não há uma parelha de beques em Xerém?
O time da Gávea, pelo contrário, parece mergulhado numa crise sem perspectiva de melhora. O time é dos mais fracos dentro de um campeonato de times fracos e precisará muito da ajuda de sempre para escapar do lugar onde, sabemos, deveria estar. Torçamos para que Adriano e Kaká venham ai!
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E o assunto da semana acabou virando a banana do Daniel Alves. A espontânea e genial reação do jogador ao ato de racismo que sofreu virou febre no Brasil. Até que, no fim do dia, surgiram informações de que uma agência de publicidade teria pilotado as reações em cadeia derivadas da atitude inicial do brasileiro.
Boa hora pra refletir o quanto somos usados para disseminação de ideias de terceiros em redes sociais. É muito legal que usemos a nossa capacidade individual de divulgação para um tema como o combate ao racismo. É muito legal que uma agência de publicidade faça uma campanha para combater o racismo. Mas não é nada legal que se descubra que um movimento aparentemente espontâneo que ocorre nas redes sociais é na verdade uma campanha dissimulada. Há uma enorme diferença entre abraçar uma campanha que você considere importante e se descobrir massa de manobra num estratagema de uma empresa que, com quase toda certeza, usou o dia de ontem como balão de ensaio para definição das estratégias que vai usar com seus clientes na eleição que vem ai.
Então, quando for postar na sua rede social a fotografia daquele jogador engajado, protesto indignado daquela atriz luxuosa, pare um segundinho e pense qual o objetivo daquela pessoa ao fazer aquilo. Você acredita que aquela foto derivou mesmo de um momento de protesto daquela pessoa ou aquilo ali foi feito para ser viral, divulgado espontaneamente por você, por mim, inocentes úteis da campanha de bom-mocismo da estrela? Caso a resposta seja essa segunda, tá claro que não devemos ajudar na campanha né?
Isso tem tudo a ver com o futebol e os seus jornalistas-estrelas, que querem e precisam aparecer. A rede social é um maná para esses donos da verdade, que nos brifam com seu tom professoral e nos convencem de suas teorias com o apoio de seus veículos. Graças a isso, várias mentiras são aceitas como verdade para todo o sempre.
Não seja um inocente útil.
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Sábado passado recebi, da Fifa, o email avisando que meus ingressos já estavam disponíveis para retirada. O ponto único aqui de Brasilia é o Centro de Convenções Ulisses Guimarães, no centro da cidade, exatamente em frente ao estádio. Domingo almocei calmamente e fui logo lá retirar, pois nunca se sabe se a ordem de retirada vai influir em algo na posição do assento no estádio. Em se tratando de Brasil, tudo é possível.
Tudo mesmo. Lá chegando, fui recebido por um segurança que, sentado, lia seu jornal. Trocando em miúdos: O local de retirada não estava sequer pronto. Três gatos pingados faziam a instalação de tapumes, aparelhos de ar condicionado e afins para o local da entrega que, segundo o segurança de plantão, espera-se que fique pronto no fim dessa semana.
Conversando com esse mesmo segurança, falei que era uma situação absurda. Ele citou a quantidade de gente que tinha feito o mesmo caminho que eu, incluindo um coitado que viajou seiscentos quilômetros para buscar seus ingressos. Ou seja, esse pobre coitado fez uma viagem Brasilia-Rio em busca de ingressos e deu de nariz na porta.
Só acredito que verei a Copa quando estiver sentado no estádio…
abraços
Panorama Tricolor
@PanoramaTri