Sem Lucas e Gustavo Scarpa, lesionados, e Orejuela na Seleção do Equador, Abel escalou os demais titulares. A entrada de Renato derruba muito a força ofensiva pela direita. Luiz Fernando é anos-luz inferior a Orejuela. Para compensar a ausência de Gustavo Scarpa, Richarlison e Wellington revezam pelos lados e tem dado resultado.
O primeiro tempo do Fluminense lembrou 2016. A mesma pasmaceira, lentidão e espaços. O resultado não poderia ter sido diferente: o Botafogo deu um passeio no tricolor, com trocas rápidas de passes e velocidade aproveitando a distância entre os marcadores.
Para facilitar mais a vida do alvinegro, Renato Chaves levou desvantagem em todas as disputas com Roger. No primeiro gol, o atacante do Botafogo tomou a frente do zagueiro tricolor com muita tranquilidade. No segundo, levou um drible e ficou olhando Roger entrar na cara de Cavalieri.
Com Wendel e Pedro nos lugares de Luiz Fernando e de Henrique Dourado, o Fluminense foi para cima do Botafogo depois do intervalo. Wellington Silva e, principalmente, Richarlison fizeram um segundo tempo primoroso, arrasaram a defesa alvinegra e conduziram o Fluminense a uma bela virada.
No primeiro gol, Wellington Silva penetrou, passou por Bruno Silva e foi derrubado por trás. Richarlison não bateu muito bem, mas a bola entrou. Pouco depois, Welington Silva avançou e abriu para Richarlison pelo lado esquerdo da área. Richarlison entrou e bateu forte, pelo alto e empatou. No terceiro gol, Richarlison deu um nó no zagueiro do Botafogo, entrou e cruzou forte para a pequena área. Renato Chaves escorou para o fundo das redes: 3 x 2.
Foram dois tempos muito diferentes, opostos. Tanto taticamente, quanto em termos individuais. Renato Chaves e Luiz Fernando fizeram um primeiro tempo muito ruim. O restante do meio-campo não conseguiu dar sequência às jogadas, exceto nos minutos finais do primeiro tempo. O ataque ficou isolado. No segundo tempo, os destaques foram Richarlison e Wellington Silva. Sornoza encontrou espaços para distribuir o jogo e fazer boas inversões. Pedro, apesar de passar em branco, já merece começar jogando em algumas partidas. A titularidade será questão de tempo.
Panorama Tricolor
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Imagem: jac