Jogando no fim da rodada de ontem, o Flu já sabia que não teria outra opção além da vitória para não ficar na poeira. São Paulo chegando, Cruzeiro e Inter cravaram. Nem era preciso dizer que o 5 x 2 do América de Natal exigia, no mínimo, uma postura de reação.
A primeira meia hora do Clássico Vovô foi muito embolada, com passes errados (onde foi parar a precisão do Fluminense? Voltaram os chutões), pouca bola rolando (muitas paralisações e pequenas faltas). Fred reclamou de um pênalti, faz sentido. Depois, o Botafogo avançou e pressionou. Foi valente, mesmo diante da crise e dos desfalques. Ainda teve uma falta perigosa, bem de frente para a área. Edílson mandou a bomba para fora. Sobrou vontade (Fred até rasgou o rosto na grama), faltou futebol. Wagner, doente, não veio a campo, entrando Sobis. Mudou o circuito.
Sem alterações no intervalo, Cavalieri fez difícil defesa no primeiro minuto. E outra, cara a cara, outra vez contra Gabriel. Na resposta, Carlinhos acertou um balão gigante depois da bola da direita.
Cristóvão colocou Walter, bem pesado ainda, para tirar Cícero. Ninguém entendeu. O time capengou de vez. Fred desperdiçou grande passe de Conca. O jogo ficou mais aberto, franco.
Quem não faz, leva: livre, Daniel driblou Henrique e acertou o ângulo esquerdo de Cavalieri. Golaço. Nem deu tempo de respirar: o Tanque cruzou, Zeballos finalizou livre, 2 x 0. Viola no saco. Em clássico, não se pode vacilar.
Fred deixou uma linda bola para Conca, livre. Incrivelmente, o argentino desperdiçou, chutando à direita para fora. No resto, o Fluminense ficou perdido, distante, nem de longe o time que merecia toas as loas. Tem alguma coisa errada na parte elétrica. Diguinho entrou, tarde.
Empatar com o Coritiba e perder para o Botafogo não seria desastroso se não fosse o meio de semana um papelaço. O Flu chegou até a pressionar e buscar seu primeiro gol, mas tudo na base do bumba meu boi.
No fim do jogo, ainda veio a cereja estragada do bolo: a cobrança patética de Fred, logo ele que teve bons momentos no clássico e tantas citações nesta crônica. Perder um pênalti não lhe tira a importância de um dos maiores artilheiros do clube, vital na história recente de glórias do Fluminense, nem o coloca como único culpado de mais um resultado. No entanto, seu vasto rol de cobranças desperdiçadas, principalmente depois da Era Paradinha, já o descredencia como primeiro cobrador há muito tempo. Não há nenhum demérito nisso: um dos maiores jogadores da história do Fluminense não cobrava pênaltis. Falo de Roberto Rivellino. Um pouco de humildade cai bem. Do resto, Fred entende muito bem e todos esperam (ainda) sua recuperação.
Será uma semana de pressão e cobranças, sem tempo para refrescar e com dois jogos complicados, Chapecoense fora e Sport, no Maracanã.
A linda torcida tricolor de Brasília, das mais atuantes e apaixonadas do país, merecia muito mais. Mas é bom que se diga: não há nada perdido. Em futebol, cada semana é um ano. Quem zomba hoje pode acabar de cabeça baixa na semana que vem.
Walter é um jogadoraço, mas não tem condição física no momento. Simples. Fred não tem que bater pênalti. Simples. Alguma coisa está errada nos bastidores. Simples.
O Botafogo foi melhor. Valente e bem melhor.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: Lancepress/ Bruno de Lima
Raphael,
Me expressei mal! Não me ofendeu e nem me senti ofendido!
É que esse cara pra gente aqui do Panorama não serve de parâmetro! Conhecemos a história dele e o que respresentou. Se você quise seguí-lo, sem problema. Todos tem livre arbítrio.
Escrever coisas bonitas todo mundo escreve!
O Collor se apresentou ao Brasil com um puta discurso e deu no que deu!
Procure saber mais da história desse cidadão dentro do clube.
Abraços fraternos!
ST4
Raphael, um aperitivo!
http://osquequaseacabaramcomofluminense.blogspot.com.br/1998/08/agosto-de-1998-vanguarda-tricolor.html
Sem problemas Marcus,
Obrigado pelo link.
Já o estou lendo.
Há bastante coisa a ler.
ST
Alguma coisa está acontecendo no vestiário ou no extra campo do clube e não sabemos.
A equipe parou de jogar bola e está fazendo tudo diferente. ..
Até Cristóvão parece mais distante de suas convicções.
Já disse aqui outras vezes, essa panela do elenco parece transformar nossos técnicos em reféns dos seus caprichos e a diretoria não tem pulso para controlar… acho isso desde q Abel era o técnico. .. Talvez Muricy estivesse certo mesmo sobre ratos…
Está correto que Cristóvão não é…
Está correto que Cristóvão não é nenhum Telê, mas mudar tanto e tão mal em tão pouco tempo não tem explicação. .. o time abdicou de todas as suas qualidades. .. do dia para a noite…
Posso me enganar, mas há algo errado! E não é tático. O problema tático é consequência.
Ninguém se perde tão rápido assim e porque quer…
Acho que essa panela tem que ser quebrada!
Que Cristóvão veja quem deve ficar e tire as laranjas podres. Mas a diretoria tem que ter coragem de bancar o treinador.
Conselho, leia o depoimento do Antônio González no face.
Há uma cópia no site jornalheiros.blogspot.com.br dentro da resenha sobre a partida. Se for verdade, a raiva fica maior…
Raphael, aqui no Panorama não damos bola para vagabundos!
o nome que você citou, aliás foi vice de futebol no Fluminense quando da série B, pré série C!
Poupe-nos disso!
Obrigado!
Caro Marcus,
Não conheço ele.
Vi o depoimento no blog citado.
Desculpe-me se ofendi. Não foi a intenção. Apenas busco entender o que se passa com a equipe.
Essa diretoria atual caiu no ano passado apos um titulo Brasileiro.
Dito isto, uma coisa é participar de um momento ruim, outra é “ser vagabundo”… A justificativa para não ouvi-lo é fraca.
De todo modo evitarei comentar novamente no blog para não criar problemas e discussões desnecessárias. ..
Quero apenas ver meu Flu…