Botafogo e Fluminense em Cariacica. No estádio Kléber Andrade, notabilizado por ter em suas arquibancadas um mosaico de cadeiras inspirada na obra Boogie-Woogie, do artista holandês Piet Mondrian.

Mas pouco se esperava do clássico. Longe de arte ou pintura, a torcida tricolor queria um time sem ócio criativo, mas muito trabalho.

E o Fluminense foi a campo com Cavalieri, W. Silva, Henrique, Renato Chaves e Scarpa; Pierre, Douglas, Cícero e Diego Souza; Osvaldo e Fred. O banco iniciou com Julio Cesar, Gum, Léo Pelé, Edson, Gerson, Felipe Amorim e Daniel.

Com o Scarpa improvisado, perdemos um bom meia e não resolvemos o problema da lateral. Mais uma das invencionices do nosso treinero, que já esgotou a paciência de grande parte da torcida. São mais de cinco meses de um trabalho que não mostra padrão de jogo e os resultados são pífios.

Aos três minutos Cícero errou um passe e a bola se apresentou nos pés do Gegê, que chutou com perigo.

Com seis minutos o Scarpa deu um excelente passe em profundidade para o Osvaldo, que não conseguiu alcança-la. Por pouco não saiu o gol tricolor. No mesmo minuto Gegê fez o primeiro deles e colocou o 1 a 0 no placar.

Aos 11 minutos, uma prova de que o treino faz com que seus fundamentos melhores. Diego Cavalieri recebeu uma bola na fogueira, mas deu um belo drible em Luis Henrique e saiu jogando. Pra quem nem sabia chutar, é uma evolução enorme.

Com 15 minutos o Pierre recebeu cartão amarelo por falta em Aírton.

Dois minutos depois o Scarpa chutou pra área, passando por todo mundo. Logo depois Osvaldo chutou de primeira e levou perigo para o gol do Jefferson.

Mas aos 23 minutos o Botafogo fez o segundo, com Ribamar. Luiz Ricardo cruzou pela direita e o atacante chutou de primeira, deslocando o Cavalieri e colocou o 2 a 0.

O jogo continuou com domínio do Botafogo, até que Osvaldo cruzou da esquerda, achando Cícero, que chutou da entrada da pequena área. Luis Ricardo abafou e a bola saiu para escanteio.

Aos 35 minutos Eduardo Batista tirou Douglas para colocar Gerson. Tentar dar combatividade no meio campo.

Com 40 minutos Scarpa tentou surpreender o Jefferson, mas o goleiro conseguiu alcançar a bola e mandar para escanteio.

E o primeiro tempo terminou com poucos lances de perigo, mas com um amplo domínio do Botafogo.

E, no intervalo, Eduardo Batista tirou Osvaldo para a entrada do Felipe Amorim.

Aos quatro minutos Diego Souza tentou jogada individual. Entrou driblando na área, mas adiantou a bola e foi desarmado.

Aos nove minutos Bruno Silva foi advertido com cartão amarelo por falta em Felipe Amorim. Com 19 minutos o Gerson recebeu amarelo por segurar o Lindoso. Aos 20 minutos o Pierre saiu para a entrada do Edson.

Aos 22 minutos o Diego Barbosa quase fez um gol contra. Jefferson estava na jogada e espalmou, garantindo que o gol não sairia.

Com amplo domínio do Botafogo, Fred recebeu, aos 30 minutos, uma bola de Cícero. Mas pegou mal na bola e errou feio o gol.

E até o final do jogo o Fluminense se mostrou sem forças para reagir. O time mal, apático, sem vontade, vibração e o mínimo de organização tática. Um bando em campo.

Uma vitória merecida do Botafogo. E uma derrota que escancara a atual situação do Fluminense: Um time perdido, o técnico perdido e acostumado com derrotas.

Tá feia a coisa!

Panorama Tricolor

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Imagem: LB / PRA