Dia 29/04/1994. Alguém se lembra desta data?
Esclareço, meu estimado leitor. Era uma sexta feira. À noite jogariam, sem grandes pretensões, Fluminense e Botafogo.
O Flu tinha realizado algumas boas transações no mercado. Trouxe Jandir, Branco e Ricardo Cruz, expoentes do tricampeonato 1983/84/85. E com a ajuda do Presidente de Honra João Havelange repatriou Luiz Henrique, que no final das contas foi o maior cheque sem fundos dos anos 1990.
O Botafogo trouxe Tulio Maravilha, que representou para o alvinegro tempos depois o maior expoente do título nacional de 1995.
Mas voltemos ao jogo, que foi decidido antes de começar. Isto porque o clube da estrela solitária passava por um momento financeiro delicado. Parece que prometeram pagar os atrasados e, dentro do ônibus, disseram aos jogadores que não poderiam fazê-lo.
E aí? O jogo já tinha vencedor, só não sabíamos de quanto.
Em um mundo sem internet, em um Brasil sem TV a cabo e em um Rio de Janeiro sem transmissão ao vivo pela TV em plena sexta-feira, vamos eu e meu irmão para o quarto e ligamos o “bom” e velho rádio, adquirido em prestações de uma importadora informal que vendia produtos do Paraguai.
Sintonizados na 104.5, da finada Rádio Tropical, escutamos logo aos seis minutos o primeiro gol. Daqui a pouco gol de novo. Mais um pouco, outro gol. Em menos de 30 minutos, 4 a 0. Nunca imaginável um resultado tão dilatado em tão pouco espaço de tempo. Até o “Messiê” Luiz Henrique fez gol!
Gol de “honra” do Bota. Grizzo (lembra dele?).
Segundo tempo: mais três gols que sacramentaram aquela goleada histórica.
Este resultado proporcionou ao Fluminense chegar a ter chance de título estadual em 1994. Faltou uma vitória contra o Vasco. Infelizmente não deu. Mas, independentemente disso, foi um jogo histórico.
E que o jogo de sábado seja histórico e, é claro, a nosso favor.
https://youtu.be/Vbgy7KVYQRA
Saudações
Sempre
Tricolores
O TRICOLOR – informação relevante.
Panorama Tricolor
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#credibilidade
Ótimas lembranças. Com direito a “avalanche” na torcida.