Vencer é sempre melhor do que qualquer outro resultado, exceto quando os erros são varridos para debaixo do tapete. Não foi o caso desta vitória tricolor sobre o Boavista, que tem um time esperto e recheado de ex-tricolores. O Flu veio mais encorpado e, claro, isso fez diferença.
A se destacar para reflexão, alguns pontos. O primeiro, no pênalti desembestado de Danilo Barcelos. Felizmente brilhou a estrela de Marcos Felipe, que, se não é a mais nova legenda do arco tricolor, é o mais seguro e menos espalhafatoso de todos os goleiros que tivemos nos últimos anos.
No segundo tempo, a melhora de produção da equipe tricolor, beneficiada pelo gol de saída feito por Yago. E, mais à frente, as substituições demonstraram que temos a evoluir. As entradas dos jovens Kayky e John Kennedy não somente definiram a vitória do Fluminense, mas também mostraram o quanto a gente sofria em 2020 com os permanentes ingressos de Caio Paulista (que continua prestigiado) e Felippe Cardoso (vade retro). Vieram e confirmaram a vitória. Aliás, a tônica do Fluminense desde o ano passado tem sido a garotada resolver as coisas.
Antes e durante o jogo, conversei com Jorge e Junior. O primeiro não gosta das mudanças constantes de escalações, o que prejudica o entrosamento. Para o segundo, Roger está aproveitando para conhecer os jogadores. Eu já penso que boa parte do pessoal diz não ligar para o Carioquinha, então o carrossel na escalação não faz diferença. Agora, é bom que se diga: eu não coloco todas as minhas fichas na Libertadores. Se depois o título não vem, fica somente a desilusão. E quem está há nove anos sem conquistas relevantes precisa ter alternativas à América.
Já que tudo é uma doideira, o Flu volta a campo na tarde de sexta, também em Bacaxá. Era para parar tudo, não vai parar tanto. Prudência, amigos.