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Boavista 0 x 0 Fluminense, o ôxo mais sem graça que já existiu.
Não foi fácil manter a concentração durante os noventa e oito minutos de jogo, um verdadeiro martírio a todos que presenciaram, a olhos nus, o que tentava acontecer em Bacaxá, distrito simpático da capital do surfe, Saquarema.
A rigor, o Fluminense criou uma chance valiosa, outras duas chances fortuitas, mas todas elas esbarraram nas mãos de Fernando, goleiro do Boavista, que foi o melhor – ou menos pior – em campo.
O empate zerado impediu que o Fluminense atual igualasse a marca dos Tricampeões de 1919, ano de inauguração do Estádio das Laranjeiras e da oitava conquista do Campeonato Carioca pelo Fluminense.
Ao dar folga para os jogadores que devem se concentrar para ir ao Paraguai enfrentar o Olimpia no Defensores del Chaco, quarta-feira próxima, Abel escalou um 3-5-2 tendo Caio Paulista como centro-avante e Matheus Ferraz repetindo a função que Felipe Melo tem na equipe principal, tanto no primeiro tempo, jogando como zagueiro como no segundo, em que se adianta e vira um primeiro volante.
Alguns jovens tiveram sua primeira chance de desfrutar do gramado. Rapazolas como Jhonny, lateral que se destacou na Copinha deste ano; Marcos Pedro, lateral que veio do projeto Guerreirinhos de Manaus-AM; Marcelinho, que veio do Serra Macaense para atuar no Sub-Angioni (Sub-23) e Gabryel Martins, jovem talentoso que vinha tendo cerceado seu direito de jogar, tanto que nem foi levado à SP para a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior no início do ano.
Espero que tenha valido a pena para os moleques de Xerém, porque para quem se submeteu a assistir a partida não conseguiu encontrar sentido algum em jogar com três zagueiros, depois Matheus Ferraz de volante, Caio Paulista de nove e ainda de brinde, ver Wellington cobrar uma falta coladinha da grande área, situações que deram o tom tragicômico da tarde-noite de sábado.
Mas a nota realmente triste do dia, foi acordar com a manchete de que Luiz Henrique já deve estar vendido ao Real Betis Balompié, clube médio da Espanha, por um valor ridículo para os praticados pelo futebol profissional, sobretudo em relação a jogadores com as qualidades dele. Assunto que tomou nossos dias desde o golaço que ele fez no Engenhão, na quarta-feira passada, nos grupos de Whatsapp do PANORAMA, em que especulávamos quando aconteceria essa venda. Que não seja uma operação ponte, em que o jogador vai e meses depois volta para algum rival, assim como ocorreu com Pedro e Gerson.
Já na próxima quarta-feira, espero que o vestiário não escale o time em vez da observação técnica e profissional, tendo em conta o que precisamos para vencer uma partida internacional.
No início, Caio Paulista e Gabriel Teixeira até se entenderam bem (só pude assitir ao VT, horas depois), mas não podem perder tantas chances e bolas bobas na frente da área. Principalmente o GT, que eu gosto muito, e já que de Caio Paulista não espero nada.
Outro ponto negativo é a presença de Nathan no elenco. Ele não é nem mesmo sombra do Nathan de outros clubes, de outros tempos.
Termino dizendo que QUERO GANSO no time. Mesmo que isso desperte as mais variadas reações nas pessoas.