I
Até a hora da aguinha – Gatorade e congêneres – o jogo em Bacaxá não teve nenhuma grande emoção. O Boavista fechadão e tentando algum ataque, o Fluminense esperando uma chance de bote. Com o time reserva e desentrosado, só se poderia esperar vontade e atitude. Nada a se estranhar num campeonato que não valoriza sequer seus campeões de taças, nenhum deles garantido na final. Voltando ao jogo, disposição dos dois times e nenhuma finalização relevante. Só para variar, o Flu tomou suas pancadas, várias delas em cima de Richarlisson.
A primeira boa chance veio aos 23. Marquinho, apagado até então, bateu bem a falta: cruzou na cabeça de Lucas Fernandes, que cabeceou mascado para fora. Depois, um ou outro levantamento sem grandes ameaças. Cavalieri, finalmente de volta, só trabalhou mesmo aos 37, numa saída providencial do gol.
O jogo foi disputado, com muita marcação, mas sem qualquer beleza nos lances. Faltaram qualidade técnica, arrumação, conclusões. No fim, parecia um treinão corrido, motivado por um regulamento esdrúxulo.
Do Flu, valeram a seriedade de Nogueira, a luta de Richarlisson, algumas tentativas do Calazans. Para um time que nunca jogou junto e cumpre tabela até às semifinais, com os devidos cuidados, deu para o gasto. Agora, há tempos que não virávamos o primeiro tempo sem um golzinho sequer, hein?
Interessante a entrevista feita com Robert no intervalo. Emprestado ao Boavista, falou com toda a vontade de sua volta ao Flu. Vai que dá certo na reprise?
II
Saiu Pierre, amarelado, para a entrada de Luiz Fernando, six to six.
O Fluminense começou o segundo tempo mais veloz, tentando conclusões, sendo a mais perigosa numa cabeçada de Reginaldo, que Felipe “Roubado é mais gostoso”, espalmou para corner. Os dez primeiros minutos com atitude, sem engrenar no entanto. O Boavista deu um chute à esquerda de Cavalieri, o Flu respondeu com Lucas Fernandes acertando a bola numa geral imaginária. Nosso time errando muitos passes, reflexo típico das ausências de Orejuela e Sornoza.
Wendel deu uma traulitada em Maicon, aquele mesmo da Seleção Olímpica, tomou o amarelo e veio a hora do refresco, que os treinadores usam para tentar ajustar seus times. Glub, glub, glub.
Faltando pouco mais de vinte minutos para o fim da partida, a tentativa de Abel foi colocar Pedro no lugar de Lucas Fernandes. Em seguida, o gol: Richarlisson na diagonal direita deu seu tradicionais cortes e bateu no canto direito, sem tanta força mas o suficiente para vencer Felipe aos 26. Em seguida, quase o segundo: bela jogada de Calazans pela esquerda, limpando geral e cruzando, mas Marquinho isolou a bola. E Pedro chutando de longe para a defesa do goleiro. O Flu mudou de patamar e dominou as ações.
Uma vez por ano o Renato faz um golão: recebeu bom passe de Pedro, invadiu a área pela direita e acertou o ângulo direito, dois a zero, fatura liquidada aos 32. Aí Richarlisson saiu para a entrada do nosso Maranhão: dois berços esplêndidos de São Luis em campo, um de cada lado. E Robert quase marcou contra nós, mas Cavalieri foi sagaz no lance. Depois, alguma pressão do Flu, já tranquilo com o resultado consolidado.
O segundo tempo,ainda que abaixo do padrão recente do Tricolor, foi bem melhor do que o primeiro. A entrada de Pedro deu gás ao ataque. O Luiz Fernando é igualzinho ao Gilmar Fubá, quem se lembra?
III
Sem querer ser chato mas claro, reitero: se o Flu joga em Sinop com geral gramada e banheiros químicos na arquibancada, em Los Larios, no modestíssimo estádio em Bacaxá e em EPassos, não há porque não cogitar uma reforma das Laranjeiras que habilite o eterno campo a receber partidas profissionais.
IV
Disseram que o suposto Chiquinho Zanzibar foi ao jogo em Bacaxá. Se ele viu o Gonzalez ou o Nelsinho na arquibancada, desmaiou e, consequentemente, deixou um blogayro com o coração partido.
De resto, sorria pra chuchu. Um abraço, SecaFlu. Copa do Brasil na quarta, pedreira.
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Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: rap/curvelo
Dessa forma, entendo que jogar por lá, profissionalmente, é apequenar o Fluminense. Não somos um clube de bairro.
Lógico que todos os estádios citados pelo Andel não tem um décimo da estrutura ou 1 triliogésimo da História das Laranjeiras, mas a questão, infelizmente, deve ser vista como um todo.
O problema de um jogo nas Laranjeiras é que inviabiliza um público mesmo que seja de 3 ou 4 mil torcedores chegar ou sair de lá sem causar um caos no trânsito.
Infelizmente, fomos engolidos pelo progresso do entorno da região.
As Laranjeiras, hoje, só serve para ser um palco para que apenas as pessoas que moram nas redondezas possam acompanhar uma partida de futebol lá. Não tem como as pessoas, o público, chegar e sair ao final do jogo sem um tumulto generalizado.
Também sou a favor de uma revitalização das Laranjeiras. Jogos de menor porte podem perfeitamente ser disputados no nosso tradicional estádio.
estou contigo,qualquer jogo com os times ” chamados de pequenos” com o Mando do Flu ,mereceria jogo nas Laranjeiras,não sei porque não há interesse dos dirigentes
Laranjeiras, eu apoio.
ST