Amigos, amigas, a minha visão acerca dessa fase de grupos é de que o adversário do Fluminense é o Junior Barranquilla. Olhando por esse prisma, o empate obtido em Guayaquil é até muito bom, pois nos mantém a uma distância de três pontos do referido adversário.
O próximo duelo será no Maracanã e uma vitória praticamente nos garantirá uma vaga nas oitavas de final, já que o Santa Fé sequer foi capaz de ganhar do mistão do River. Além disso, temos dois jogos seguidos em casa, contra Junior e Santa Fé, e tudo indica que serão nosso passaporte para a próxima fase.
O que então me preocupa tanto, se o cenário é tão positivo? Tão positivo, aliás, que sou capaz de apostar em duas vitórias tricolores no Maracanã contra os colombianos.
O que me preocupa tanto é que o Fluminense, depois de um começo atabalhoado, desnecessariamente nervoso, e um gol sofrido, decorrente de um pênalti mal marcado, praticamente tomou conta do jogo após o gol de empate, marcado alguns minutos depois do gol sofrido.
Mas ainda isso é positivo, não é? Sim, é muito positivo, porque, em que pesem as possíveis críticas, mostramos um time competitivo, daquele tipo que incomoda qualquer adversário. Mas qual é o problema, então?
Voltamos com a mesma formação titular para o segundo tempo e continuamos jogando melhor, o que é ótimo. É bem verdade que o time deles esteve bem aquém do que esperávamos, exceto nos primeiros 10 minutos de jogo. E até aí continuamos sem ver problemas.
Eles começam, no entanto, no momento em que Roger começa a fazer substituições. Sai Kayky, entra Caio Paulista. Ora, é difícil até mesmo levar uma substituição dessas à sério, até porque Kayky é nosso jogador mais produtivo ofensivamente.
Nada contra trocar Luis Henrique por Gabriel Teixeira, mas era realmente necessário trocar Luis Henrique ou não seria melhor encostar alguém para jogar com ele quando avançava solitário pelo lado esquerdo rumo ao campo de ataque? Não seria o Gabriel esse alguém, para dar volume e aproximação ofensiva ao time?
Então, entram Cazares e Bobadilla nas vagas de Nenê e Fred. Ambos não acrescentam rigorosamente nada ao time e o Junior cresce no jogo. Ou seja, todas as substituições, tirando Gabriel, foram para piorar o time. Enquanto isso, jogadores que podem mudar e desequilibrar o jogo, como Miguel e John Kenedy ficam de fora. No caso de Kenedy, tem a questão da gripe, mas mesmo assim não há muito que justifique a entrada de Bobadilla.
Em outras palavras, quando finalmente nosso time titular sinaliza que pode evoluir, Roger opta por substituições que pioram o time. Tivemos um jogo todo desenhado para sairmos com uma vitória, mas terminamos com um empate meia boca, que teve a assinatura de Roger, com suas péssimas substituições.
Termino frustrado, porque a possibilidade da vitória era clara e vencer é sempre o que pode haver de melhor no futebol. E o Fluminense, ao contrário de times ambiciosos, abriu mão da vitória, graças às escolhas equivocadas de seu treinador.
Saudações Tricolores!