Amigos, amigas, vocês são testemunhas de que eu em momento algum pedi a cabeça de Roger Machado nos últimos meses. Porque eu não acredito que demissão de treinador seja capaz de corrigir problemas crassos de planejamento. Isso, amigas, amigos, quando existe planejamento, o que não é o caso do Fluminense.
Tudo que foi produzido no futebol profissional do Fluminense nos últimos tempos é, na verdade, acaso, e isso eu nunca deixei de evidenciar. A gente é torcedor e, sendo assim, torce para que dê certo, mesmo quando vemos que está tudo errado, no que há um tanto enorme de incoerência e um outro tanto menor de fé.
Outrossim, nada me tira da cabeça que o Fluminense poderia ter saído de campo com a classificação na noite de ontem. Confesso, no entanto, que a ducha fria começou a bater no peito quando Roger escalou Fred no lugar de Abel Hernández.
Mesmo assim, o Fluminense foi superior no primeiro tempo, mas parece que a sorte não ajuda a quem trabalha mal por convicção. Ganso dá uma bicicleta na área, quase marca o gol e, ao que tudo indica, sofre uma fratura ao apoiar a mão no chão.
Parece que até mesmo para a vontade dos Deuses há limites entre os mortais. Ali eu quase me convenci de que a classificação estava perdida, porque perdíamos a nossa principal engrenagem, o cara que dava controle de jogo e inteligência às nossas ações.
Pois foi exatamente o que pensei. O Fluminense já voltou para o segundo tempo desfigurado, e nada de Roger fazer a substituição mais simples, que poderia nos dar a vitória, que era tirar Fred e colocar Abel.
Mas vão dizer que eu implico com o Fred, a que eu respondo questionando de onde vem tanta credulidade. De onde vem a crença de que ainda estamos em 2012.
Sem nenhum controle do jogo, sofremos o gol, quando já era evidente que isso poderia ter acontecido antes. Na ocasião, Roger já trocara Yago por Kayky, desmanchando o que restava do nosso domínio de intermediária.
Eu nem vou falar das outras substituições para não ser redundante, porque a decisão já está tomada. Um treinador que não tem coragem para fazer o necessário não pode ser o treinador do Fluminense. Eu sei que o novo pato que vier vai fazer a mesma coisa, mas só pelo fato de ter feito a mesma coisa e ter tirado do Fluminense a possibilidade de ter disputado uma semifinal de Libertadores, eu não quero mais acordar e saber que Roger é o técnico do Fluminense.
Eu não acredito que Róger seja um estúpido ou incapaz, mas não tenho dúvida de que foi covarde mais uma vez. E técnico que não se impõe não vai a lugar algum, muito menos às semifinais de uma Libertadores.
Lugar no qual, por mais que torcêssemos, o Fluminense atual esteve longe de merecer estar, com uma gestão porcalhona de um presidente incapaz, que onera o clube com contratações ridículas e um planejamento financeiro de fazer corar de vergonha um colegial.
Mas eu só quero falar de gestão a partir da próxima coluna, com a cabeça no lugar, porque não haverá muito para falar de futebol. Nesse momento eu só quero vivenciar intensamente a vergonha de ver um Fluminense tão pobre e mesquinho, sobretudo mesquinho.
Desculpem, por hoje eu vou parar por aqui.
Pelo menos hoje teve gol de Fred!
Saudações Tricolores!
Pelo visto, Roger ainda não será demitido. Mas, já está acabado, não tem mais o que fazer, contra o galo veremos o mesmo time lento e previsível e sem variações táticas e sem condições de fazer frente a adversários médios, quanto mais a um como o galo mineiro. Tristemente admito: seremos goleados de novo. Pobre torcida. Final de carreira triste pro Fred…
Savioli, vamo combinar? Foi o Roger que perdeu gol, sem goleiro, aos 35 do 2T? Não, foi o Neymar Canhoto, Kayky. Foi o Roger que perdeu gol de cara aos 40 do 2T? Não, foi o Abel, que chutou fraco na mão do goleiro. Foi o Roger que fez pênalti bobo no primeiro jogo? Não, foi o Nino, que após voltar deslumbrado das Olimpíadas, esteve mal e desatento no primeiro jogo. O Roger tem que cair pela apatia e pela falta de resposta que os jogadores dão em campo. Mas vamo combinar que os caras estão errando coisa que não é culpa do técnico.