Bom jogo no primeiro tempo. Primeiro o Flu foi melhor, depois o Bangu reagiu e, no finzinho, voltamos à pressão. Perdemos vários gols e, debaixo do calor moçabonitense (com ou sem sol, tanto faz), é difícil manter o ritmo implacável o tempo todo. De mais legal, a impressão de que finalmente o Fluminense deixou para trás os tempos de bando em campo. A parte a desejar foi a conclusão. No entanto, não estou aqui para crucificações coléricas: se Pedro até hoje não repetiu nos profissionais a carreira na base, sua inteligência chama a atenção, além da luta – ressalte-se que, em oportunidades anteriores, era pouquíssimo municiado. Foi dele o belo passe para Gilberto que, derrubado, gerou a expulsão no time banguense. E a cobrança de Sornoza obrigou o goleiro Célio a uma defesaça – a bola ainda beijou a trave esquerda. Bom jogo, mas no saldo o Flu foi melhor.
Começo de segundo tempo, Abel mexer nos três zagueiros, Renato Chaves (que quase fez um golão tentando cruzar) sai para a entrada de Robinho. De cara, Marlon cruza da esquerda e o MJ sobe como se tivesse dois metros de altura: olhou, encobriu Célio, a bola morreu no ângulo direito e o Timinho abriu o marcador. Uma coisa é certa: pode-se não gostar do MJ, questioná-lo tecnicamente mas jamais desrespeitá-lo. Veste a camisa, luta, briga, se entrega. E quando este parágrafo ia terminar, lá veio ele de novo com um bom chute de fora no canto direito: 2 a 0 em menos de dez minutos e a promessa de tranquilidade tricolor. Interessante a participação do Gilberto no lance: é um jogador de recursos escassos mas tem demonstrado muita aplicação e vigor físico, que também são importantes. Ok, o homem a menos atrapalhou o Bangu, mas de nada adiantaria se o Fluminense não estivesse concentrado no jogo.
Depois do tempo técnico, o extenuado MJ saiu para a entrada de Marlon Freitas, valorizou a posse de bola sem deixar de atacar, ainda que de forma mais tranquila. Fez o terceiro gol, com Pedro desencantando, livre depois da falha do goleiro e marcando o terceiro, um prêmio pelo empenho. Até Reginaldo reapareceu em campo no lugar de Richard. E quase Pedro marcou o quarto, depois de um passe generoso de Sornoza e uma ajudinha do Célio. Ele logo viria, num ótimo passe de Marlon para seu xará Freitas, alla Gilberto, de camisa 9 imaginária, consagrando a goleada.
Uma goleada de eficiência e conjunto. Nosso time prevaleceu sobre um adversário que, independentemente do momento, sempre é uma carne de pescoço em seus domínio. Não é nada, não é nada, são cinco vitórias consecutivas, quatro partidas sem levar gols e o Flu parece finalmente ter uma cara. É humilde, não tem grana, tem deficiências, precisa de reforços, mas tem uma cara, e ela nem de longe lembra a de um pré-rebaixado dos anseios politiqueiros. Que assim seja.
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Censura
Sou totalmente contra essa história de censura a qualquer página, site, blog, Instagram ou o que seja feito pela torcida do Fluminense.
Aliás, fui o mais veemente defensor dos direitos do site número um da oposição tricolor, quando estava proibido de entrar nas Laranjeiras. Cada um sabe da história que escreve.
Conto sinceramente com o bom senso do clube. O contrário já me vitimou gravemente certa vez, quando seus comandantes eram os Srs. Peter Siemsen e Mário Bittencourt. Não desejo isso para ninguém.
Panorama Tricolor
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#JuntosPeloFlu
Imagem: rap