Pedimos nosso carré com tutu e couve no Vieira, pouco antes dos times entraram em campo. E logo vieram duas emoções: um belo close do não menos belo placar de Édson Passos, vintage, herança daquele lindo Maracanã que se foi, mais o minuto de silêncio em memória da nossa querida Fernanda Britto. Dois momentos de discretas lágrimas.
Meia hora de Fluminense ocupando os espaços mas sem aquele penúltimo toque que define a bola para o finalizador. Adiantado, o São Paulo marcava e batia bem, UFC de responsabilidade, mas também não ameaçava Júlio César com situações de aspereza. Jogo duro. Então veio o gol que emocionou a todos: uma arrancada sensacional de Wellington, do próprio campo até o ataque, driblando meio mundo até ser derrubado pelo goleiro Dênis. Pênalti, o próprio Wellington bateu bem na direita e abriu o marcador. Jogada maravilhosa típica dos anos 1960 e 1970. Wellington pode evoluir muito se mantiver uma efetividade regular. Um dibrador nato.
O Resolve passou mal com o calor, entrou Marquinho. Richarlisson tomou pancada, Gum fez uma barreirinha. Não brilhamos, mas brigamos e saímos com a vantagem para o intervalo.
Segundo tempo, Igor Julião no lugar de Wellington Silva. E um recomeço eletrizante. Por um triz não foi pênalti em Marquinho. Falta, bola na diagonal pela direita, Scarpa acertou um balaço no travessão depois de Dênis tocar com a ponta dos dedos. Uma bela cobrança.
Outra boa cobrança de falta com Marquinho, com Dênis espalmando para o lado esquerdo. O nosso Proletário da Bola, velho de guerra. A nossa torcida guerreando no apoio. Júlio César tomando uma trombada do Pierre, que é um verdadeiro tombadômetro. E de tanto trombar com garra, sentiu e saiu, entrando Douglas.
Um susto aos 23, quando o rapaz do time deles, Thiago Mendes, deu uma de Dourado e perdeu um gol inacreditável, livre, depois do cruzamento da direita – a bola saiu à esquerda. Júlio estava completamente batido, apenas olhou. Aí tentaram uma pressão. Bastou um minuto: a bola sobrou na área, Gum resolveu espanar Marquinho – mal colocado -, a bola sobrou para o mesmo Thiago Mendes, o novo chute forte ainda resvalou em… Gum e entrou. Empate injusto, fruto de desatenção, o time paulista ganhou moral. Bagunçou tudo de vez. O Flu gelou mesmo debaixo de um calorão e parou.
Aos 31, um outro balaço no travessão – desta vez, o nosso. Thiago Mendes novamente. Grrrrr!
Aos 35, a virada paulista. Escanteio da esquerda, Rodrigo Caio subiu livre, cabeceou no canto esquerdo, sem chance de defesa, 2 a 1. Júlio César evitou o terceiro com o pé aos 41, numa finalização diagonal pela direita do ataque. O São Paulo controlou a posse da bola e o Fluminense, aturdido, não reagiu. Derrota que não desespera, mas vem em péssimo momento, justamente quando precisamos de um sprint.
Nunca vou me acostumar em ver o Ricardo Gomes como nosso adversário. Um grande beijo para a Bel e o Zé Henrique num dia tão difícil. A Fernanda, nossa linda amiga, merecia muito mais. Que esteja num céu.
Uma parte da nossa turma precisa entender que, em Álvaro Chaves, não se comemora antes da hora. E que nos últimos 15 anos, qualquer adversário na zona de rebaixamento é um tormento em potencial. As lições são para serem aprendidas.
De bom no final, só o carré.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: pra
tem amigo dizendo que foi apagão.
Eu acho que foi um “Amarelão”.
Certamente a menina Fernanda (que não conheci) foi recepcionada por Oscar Cox, Preguinho, Nelson e outros tantos Tricolores ilustres e desconhecidos.
Meus sentimentos a todos que a conheceram.
ST
“Dibrador” é muito bom.