Amigos, amigas, após três partidas autoritárias, contra River, São Paulo e Bragantino, na partida de ida da Copa do Brasil, o Fluminense viveu três jornadas sofridas para o torcedor e é delas que quero falar.
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Em Fluminense e Cuiabá, às 11h de um domingo, acordei com o jogo correndo, liguei a TV e gol do Fluminense. Era uma ótima primeira impressão, mas logo foi possível perceber que o Fluminense foi para campo cozinhar o jogo com o sol da manhã de domingo e uma exibição daquelas de deixar o salto de Merilyn Monroe com inveja.
Nada acontecera, pelo que vejo, antes do gol, e o que de melhor aconteceu depois foi o goleiro do Cuiabá quase protagonizando um pastelão, ao deixar a bola atrasada passar e ter que correr atrás dela para que não entrasse no seu gol.
As substituições de sempre mostraram novamente Kayky perdido em campo e o retorno triunfal de Lucca. Livramo-nos da derrota graças a duas grandes defesas do formidável Marcos Felipe e ao capricho do Gravatinha, que soprou a única bola que passou pelo goleiro para que ela explodisse na trave.
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O jogo seguinte foi o da classificação sofrida em Bragança Paulista, com uma derrota de 2 a 1, em que acabamos tendo que contar mais uma vez com milagres de Marcos Felipe. Uma partida que voltou a colocar em xeque a formação titular defendida por Roger Machado, por todas aquelas razões que todos estão cansados de saber.
Apesar disso, em duas partidas seguidas, tivemos 100% de aproveitamento, pois iniciamos o Brasileirão com vitória e, apesar da derrota e da atuação, obtivemos a vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil.
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Vem, então, a partida de domingo, novamente em Bragança, contra o mesmo Bragantino, só que, agora, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
É a mais interessante das três, porque tivemos algo que eu gostaria de ter visto contra o Cuiabá, que seria Ganso jogando uma partida desde o começo entre os titulares.
Ganso não decepcionou e não surpreendeu, fez apenas aquilo que é capaz de fazer. Uma ou outra jogada de efeito, participação na recomposição e, por pouco, não contabilizava uma ou duas assistências. Mais do que isso, quem espera, vai esperar sentado. E isso é mais que Nenê e Cazares já fizeram em vários jogos.
Outro aspecto interessante foi ver Luiz Henrique voltando a iniciar uma partida, assim como Abel Hernandez. A entrada de Wellington na vaga de Martinelli, que, assim como Nenê, Fred, Lucas Claro e Gabriel Teixeira, todos titulares, foi poupado, mostrou o quanto o titular é fundamental nesse time.
É até difícil dizer que o Fluminense começou mal o jogo, porque o Bragantino não conseguiu se aproveitar do desentrosamento da nossa equipe para fazer valer sua pressão. Isso porque o Fluminense montou um time para jogar com imposição física e tática. O problema é que a parte da imposição tática ficou com o Bragantino.
Por quê?
Porque tecnicamente o time do Bragantino não errava individualmente, enquanto o Fluminense tinha em Marcos Felipe e Luis Henrique dois problemas. A bola que Marcos Felipe entregou no primeiro gol, ainda no início do primeiro tempo, não tinha nem sido a primeira. Amigos, amigas, será que ninguém nunca ensinou que tem hora na vida da gente que é bola para o mato, porque o jogo é de campeonato?
Luis Henrique parece ter sentido as últimas semanas e entrou em campo completamente baratinado. Foram lá uns 20 minutos assim, até começar a jogar. Quando vivia seu melhor momento em campo, já no segundo tempo, foi substituído, talvez por cansaço, não sei.
O Fluminense já sofrera o segundo gol, no final da segunda etapa, que teve falsa aparência de equilibrada, haja vista a proximidade do Fluminense maior da meta adversária, mas tem aquela coisa de a verdadeira imposição tática ter sido do Bragantino, que conseguia transformar sua proposta em grandes oportunidades, enquanto o Fluminense tinha que escalar a Cordilheira dos Andes para criar uma oportunidade séria de gol, que só veio numa bola parada, cabeceadas por Ganso no travessão.
Pois é, até cabeçada de Ganso no travessão teve no jogo, mas foi ele o sacrificado para a entrada de Bobadilla. Ganso não gostou, Bobadilla surpreendeu. Colocar quatro atacantes em campo e desmontar o meio não faz sentido algum, mas o Fluminense criou três situações consecutivas de gol. Na sequência de uma delas, Nino desviou na primeira trave e o incansável Caio Paulista mandou para o barbante.
Ainda tinha jogo, 20 minutos, mais ou menos, considerando os possíveis acréscimos. Parecia que dava para virar, mas foi o Bragantino que tomou conta do jogo. Parece que aquela história dos trocentos atacantes dar certo foi pegadinha. O jogo já caminhava para o final, o Fluminense já não dava sinal algum de que chegaria ao empate, mas aí Nenê, que entrara no final no lugar de Wellington, recebeu a bola pela esquerda, avançou sem marcação e tentou um lançamento em arco para os atacantes, ou chutou a gol, eu não sei ao certo. A bola explodiu na mão do zagueiro, Abel cobrou e empatou a partida.
Um resultado heroico de um time que não se entrega nunca. Não que gostemos de comemorar um ponto, mesmo que fora de casa, mas, para quem viu a derrota com os dentes arreganhados, não tem como não sentir pelo menos um alívio.
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A conclusão?
Ora, o Fluminense continua demonstrando ter um elenco com grande potencial, mas com falhas em potencial. É nítido que Wellington não é o cara que vai substituir Martinelli. No máximo, Wellington é uma opção tática para situações de jogo específicas. O que nos deixa intrigados com a falta de oportunidades a André e Metinho, que parece estar sendo negociado com o City pelo valor simbólico de 4,3 milhões de euros. Ai, se contam isso em Portugal…
É hora de focar no Brasileiro e tentar arrancar no bolo da frente, que se configura daqui a umas seis ou sete rodadas. Enfrentamos o Santos, na quinta, pela 4ª rodada. Até o dia 7 de julho, já estaremos na décima, com jogos seguidos, quarta e domingo, para todo mundo.
E o Kayky teve atuação interessante contra o Bragantino, quase jogando como um meia-atacante. Não chega a ser novidade e pode sugerir um 4-2-4 no Fluminense, no estilo Seleção Brasileira.
Saudações Tricolores!