Atlético/MG 4 x 1 Fluminense (por Marcelo Vivone)

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Primeiro Tempo

Para esquecer, ou, melhor, para lembrar, treinar (muito) e nunca mais repetir.

Foram 45 minutos de um time só em campo. A derrota por 2 x 0 foi pouco. Tomamos duas bolas na trave, não demos um chute ao gol e rondamos a área do adversário uma vez apenas.

Nosso time como um todo não existiu, salvo os jogadores Pierre (um leão em campo) e Edson.

A forte – e mais do que conhecida – bola aérea do adversário potencializou a fragilidade da nossa defesa. Gum falhou feio no segundo gol (ao lado de Cavalieri).

Ainda sobre nosso goleiro: mostrou sua enorme dificuldade de sair do gol. É o chamado goleiro de botão ou totó, que não sai de baixo das traves. Cavalieri tem que rever o segundo gol e treinar muito esse tipo de jogada. É inconcebível para um goleiro de seu nível ver uma bola viajar da intermediária do campo e morrer na pequena área sem que ele tenha a iniciativa de tomá-la para si. Simplesmente não pode.

Gostaria de ver nosso capitão, Frederico, gastar a energia do jeito que faz para jogar e não para reclamar, em todos os lances, do árbitro e dos adversários. Foi figura nula nesse tempo de jogo. Aliás, sua única participação efetiva foi dar condição de jogo ao zagueiro adversário no lance do segundo gol. Verdade que também prejudicado pela inutilidade de Gerson, Vinícius e Jean nessa primeira etapa.

Segundo Tempo

Drubscky colocou Wagner e Magno Alves nos lugares de Pierre e Gerson. Errou feio na saída do Pierre, já que, mesmo com ele em campo, foram vistas várias avenidas no nosso meio de campo nos primeiros 45 minutos. Sem ele, evidentemente, a tendência era piorar o que já estava muito ruim.

As mexidas que nosso treinador promoveu não adiantaram. Continuamos perdidos em campo e sendo massacrados pelo time mineiro.

Somente a partir dos 20 minutos do segundo tempo, quando já perdíamos de três, o Atlético diminuiu o ritmo e, com isso, conseguimos pelo menos chegar perto do gol adversário. Primeiro num chute do Lucas Gomes para fora e, em seguida, em um chute de Edson, defendido pelo goleiro.

Ainda assim, deu tempo de tomarmos mais gol, originado em mais falhas da nossa defesa, que mais parecia um buraco suíço. As bolas da vez foram Wellington Silva e Antônio Carlos. Com isso, à exceção do fraquíssimo Giovanni (que precisa ser barrado urgentemente), todos os jogadores da última linha defensiva, Cavalieri inclusive, apresentaram falhas graves que originaram gols.

Não gostei das substituições feitas pelo Drubscky. Nosso treinador abriu o time no segundo tempo com as entradas de Wagner, Magno Alves e Lucas Gomes, e terminamos o jogo com um 4-3-3.

Não sei se a opção do treinador foi para não ser criticado e acusado de ser defensivo.

Mas, tirando a opinião dos iludidos da nossa torcida, que são muitos, é óbvio que o time do Atlético-MG é hoje muito superior ao nosso. Portanto, não dá para nosso treinador realmente achar que podemos encarar de igual para igual alguns adversários desse campeonato.

A derrota foi normal, mas o que espanta é perder da forma como aconteceu. Não dá para enfrentar um time superior e o time não se conscientizar que tem que correr, ralar mais do que o adversário. Somente assim é possível diminuir a diferença que nosso time tem hoje para aqueles que realmente disputam o título, o que é o caso do time mineiro.

Outro aspecto é que, contra time superiores, o erro tem que ser próximo de zero. A quantidade de equívocos defensivos apresentados pelo nosso time hoje certamente não será perdoada por times melhores que o nosso.

Espero que essa derrota muito feia sirva para que todos no clube entendam que não estamos disputando o título. Nossa camisa é enorme, não há dúvida disso e nossa rica história está aí para provar, mas o nosso time não faz jus ao tamanho do clube. Portanto, é fundamental que todos (treinador, jogadores e também a torcida) tenham a humildade de reconhecer que, em alguns jogos, não poderemos encarar o adversário de peito aberto.

Panorama Tricolor

@Panoramatri @Mvivone

Imagem: francisco stuckert – lancenet.com.br/guis saint-martin

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8 Comments

  1. E vc achava wue ia o que, ser campeão? Brigar por Libertadores? Com os regorços adwuiridos com treineiro tão ou mais mediocre do que o anterior com uma figura patética na presidência, com ums cúpula que nada entende de futebol o resultado é esse, e vem mais pir ai, se nada for feito domingo tem outro sacode, ou pq motivo tirar o joho do Rio por uns trocados, e é só marcar na tabela: Cruzeiro (2), Inter (2), S. Paulo (2), Santos (2) mais um do Atlético serão as outras derrotas acachapantes q…

  2. Não acho o time do Atlético tão melhor assim, a questão é que os caras já estão jogando futebol faz meses por conta da libertadores, em um ritmo de competição séria, muito diferente do nosso time que se arrastou no carioca e ainda se encontra de férias. Somado a isso que mudamos de treinador e pouco se treina nas laranjeiras. O time já fez esse joguinho “molenga” outras vezes no ano, só que os adversários eram mais fracos tecnicamente. Quando esse time vai acordar?

    S.T

    1. Vivone:

      Vicente, acho nosso time muito mais fraco do que todos os que estão na Libertadores,

      Mas concordo plenamente com você em relação ao time molenga e que pouco treina. Já escrevi sobre isso aqui no Panorama inúmeras vezes. Estou até cansado de repetir esse mesmo assunto. Basta ver que depois dessa vergonha de ontem o time hoje está de folga e só aparece nas Laranjeiras novamente amanhã às 15:30h. Provavelmente, o time titular vai fazer regenerativo e só volta ao gramado na quarta. Vai haver treinamento em horário integral apenas uma vez na semana.

      O que me espanta é que tudo parece estar bem. A gente pode tomar a porrada que for que a rotina de treinamentos não muda. Nada acontece. Fica difícil resolver alguma coisa assim.

      Um abraço.

  3. e penso que tem muito mais potencial que este menino, já tão marqueteiro, quanto ao Fred, é só lembrar da copa, avante que não recebe bola, nao joga, não aparece e não faz gol, temos que arrumar um esquema ofensivo, que haja meias que pensem o jogo e que a bola chegue redondinha ao ataque, e FORA GIOVANI, que entre o Ronam ou o Leo Pelé…pelo menos são baratos, prata da casa, chega de gastar com perebas!!!

    1. Vivone:

      Xavier, não adianta entrar com quinze cabeças de área e ficarem somente Pierre e Edson se matando para marcar. O Jean é peça nula há tempos e não sai do time.

      Todos têm que entender que alguns times são superiores ao nosso e trabalhar como operários. Infelizmente, acho difícil esses jogadores se conscientizarem disso.

      O Giovanni é muito fraco. Não é possível que não tenha alguém para entrar no seu lugar.

      Um abraço.

  4. Mas, Vivone, foi por não jogar de peito aberto, que a vaca foi pro brejo; entramos com 70 volantes e cedemos a intermediária pro galo jogar, não gosto de time defensivo não, mesmo com um elenco mais barato, nossa vocação é pro futebol ofensivo. Não gostei do Gerson, nao é essa brastemp toda que o pai e empresário vivem alardeando aí, achando que vale até um milhão de dólares, olha se aparcer uns 30 – de reais – vende depressa que é primeiro de abril, já vi o Higor Leite poucas vezes e…

  5. Marcelo:
    Depois da humilhante derrota do Flu, para esfriar a cabeça assisti ao jogo do São Paulo com a Ponte.
    E como está jogando o Biro-Biro eo Renato Cajá. Eu acho que o Fluminense devia trazer o Biro-Biro
    de volta e contratar o Renato Cajá. Ele lembra muito o Conca, principalmente nas cobranças de falta.
    A propósito, voce lembra do último gol de falta que o Flu faturou? Pois eu não me lembro.
    Gostaria de saber da sua opinião a respeito!
    Saudações tricolores!

    1. Vivone:

      Carlos, assisti ao jogo da Ponte na primeira rodada. Pensei exatamente o que você escreveu em relação ao Renato Cajá. Como esse jogador cairia bem no nosso time atual. Ele foi repatriado há pouco tempo. Como a Ponte pode contratar um jogador desses e nós não? Não dá para entender. Jogador habilidoso, autêntico meia. E ainda bate falta com perfeição.

      Saiu uma reportagem na semana passada em que dizia que nosso último gol de falta foi marcado há 8 meses, pelo Conca.

      Biro Biro não é nenhum craque, mas seria útil esse ano.

      Um abraço.

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