Podia ser melhor, claro. Uma vitória cairia feito uma luva. Mas o empate de ontem contra o Atlético Paranaense não pode ser desprezado, ainda mais diante das circunstâncias da partida.
Dominando os quinze minutos iniciais e tentando várias jogadas, todas dificultadas por questões técnicas – vide a chance de ouro desperdiçada por Rhayner – melhor driblar o goleiro do que tocar torto por cima -, o Flu sofreu o gol na primeira finalização dos mandantes. Depois, alguns minutos um pouco zonzo. Vanderlei não esperou e mexeu: o garoto William ia mal, Biro-Biro foi para o saque. Aos poucos, recobramos o ritmo das coisas e, no finzinho, Sobis cobrou esplêndida falta no ângulo esquerdo, igualando o placar. Importante fazer justiça: Sobis é nosso jogador mais regular nessa temporada: briga, luta, busca o jogo, chuta de fora da área e tenta compensar nossos desfalques temporários e definitivos. Menos mal depois de algumas trapalhadas de Bruno, Gum e Anderson. Houve justiça no empate.
No segundo tempo, o Atlético veio para cima no abafa, mas sem maiores sucessos na finalização – quando conseguiu, Cavalieri mostrou serviço de alto nível – e quase se machucou feio. Com o passar do tempo, recobramos a força ofensiva e tentamos o gol. Felipe segurou as pontas no lugar de Rafinha. Eduardo entrou mais para o final. Acabou que o empate final prevaleceu e pode ser considerado justo, com ligeira intensidade maior nossa. Para quem estava em frangalhos há duas semanas, o Fluminense acendeu os faróis e vem prosseguindo bem na estrada noturna. Sobre o Atlético, não há prova maior de que este atual campeonato é bem abaixo da média: apesar de estar no topo da tabela, um futebol pra lá de mequetrefe – descontada a correria do começo do segundo tempo.
Mas que circunstâncias foram as que nortearam a partida? Ora, com o rapaz da arbitragem, fomos prejudicados. Faltas sem marcação, economia de cartões e o sarrafo comendo solto. Inversão de papéis. E os torcedores de lá ainda xingaram o árbitro caseiríssimo: para que time torcem afinal?
Cavalieri brilhou, embora fosse desejável que um goleiro de sua estatura segurasse mais os cruzamentos de longe. Debaixo das traves, formidável como sempre. Edinho brigou. Rhayner é o Marcão com menos técnica e 220 quilómetros por hora até na cobrança de laterais. Bruno? Bruno… Carlinhos, cansadíssimo. Ainda assim, poderíamos ter vencido com um pouco mais de talento e menos interferência do gavião de preto.
Pela terceira partida seguida, a garra e a pegada foram constantes. Ainda sem maior acervo técnico que desejaríamos, o Fluminense melhorou em campo, mesmo que pela força e disposição. É um alento. É um caminho.
Agora é partir com tudo para cima da Portuguesa no sábado, recuperar o tempo perdido e mudar de vez o paradigma tricolor de agora. Com ingressos a preço de pão francês e o time precisando, não se espera outro comportamento da nossa torcida que não seja lotar o setor Sul do Maracanã – o mesmo que antigamente chamávamos de “atrás do gol”.
Nós podemos bem mais. Falavam as verdades mofadas de cair, mas o Fluminense de agora só pensa em decolar.
Juro que tem alguém da FlaPress se mordendo.
Oxalá!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: Fluminense F.C.
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Garcez, Couceiro, Andel, Janot, Botelho e Santa Ana, na mais ousada e arrebatadora literatura tricolor contemporânea. Em instantes.
O time do Atlético baicou o sarrafo com o beneplácito do juiz!
E a torcidinha proviniciana de um timinho proviniciano ainda ficou chorando!
Vimos o mesmo jogo. Meu coração quase saiu pela boca quando Cavalieri esticou demais a perna. So faltava ele na trinca selecionável. Isso ai! Decola Flu