Levir manteve a escalação do último confronto contra o Cruzeiro para o embate contra o Atlético/PR, com Richarlisson, Marcos Junio, Samuel e Maranhão na frente e Cícero e Douglas no meio. Em tese, uma formação ofensiva, com quatro atacantes, o que, na sua concepção, tornaria a equipe eficiente no ataque. Ledo engano.
O Flu iniciou o jogo contra o time paranaense acuado e assustado, tanto é que nos dez primeiros minutos o adversário perdeu duas excelentes oportunidades para marcar seu gol. Na primeira, Gum salvou quando a bola já não tinha outro obstáculo para chegar à meta tricolor. Na segunda, Cavalieri fez excelente defesa espalmando para escanteio.
A partir daí, o Tricolor conseguiu conter o ímpeto atleticano, mas nem de longe foi, individual e coletivamente, o time que venceu o Cruzeiro. O Fluminense finalizou apenas duas vezes, a primeira sem perigo algum, e, na segunda, Richarlisson perdeu o gol com o goleiro adversário já batido.
O Flu foi um time em que os quatro homens de frente não produziram quase nada, porque o meio de campo, com apenas dois jogadores, preocupou-se mais em defender. E o fez mal, ou seja, a pretensa formação ofensiva tricolor foi um tiro que saiu pela culatra, porque na prática nada produziu na frente e ainda deu muito campo ao Atlético para articular suas jogadas ofensivas.
Um time com muitos atacantes não é, necessariamente, uma equipe com alto poderio ofensivo. E o primeiro tempo da partida comprovou essa tese.
A superioridade atleticana foi recompensada já no quarto final da etapa com um gol, após desatenção da zaga tricolor que permitiu que o jogador paranaense finalizasse sem marcação.
Levir percebeu a deficiência da equipe e já iniciou o segundo tempo com Dudu no lugar de Maranhão – que não foi nem brisa perto do furacão que foi contra o Cruzeiro -. O Flu ganhou um pouco mais de consistência no meio, mas mesmo assim o Atlético sempre foi mais perigoso e perdeu boas oportunidades para ampliar o placar.
Ante a incapacidade tricolor, ainda houve mais duas mudanças: Magno Alves e Edson nos lugares de Richarlisson e Douglas. Nada, porém, que mudasse o ânimo do time. O Atlético recuou visivelmente para garantir o resultado e sair nos contra-ataques, mas nem assim o Fluminense conseguiu pressionar com eficiência o adversário, muito porque, sem um meio de campo criativo, insistiu em chuveirinhos inócuos para a área.
O goleiro atleticano não fez sequer uma defesa na partida.
Uma nova derrota, mais uma péssima apresentação e o Fluminense mostra que, definitivamente, não pretende almejar uma posição de destaque na composição.
O que eu não entendo é que, diante da mediocridade do elenco, Levir não tenha promovido as as estréias dos reforços que já estão em condições de jogo, como Dourado e Aquino, além de não ter reintegrado Scarpa, que, inclusive, fez um bom treinamento ontem.
Diante do que há, Levir poderia ter ousado, não com a escalação de um bando de atacantes ineptos, mas com a entrada dos reforços disponíveis para que já se pudesse ter alguma ideia sobre as suas eventuais utilidades para o restante do campeonato. Já foram trazidos tardiamente, que sejam logo empregados, contudo, porque a equipe carece de qualquer alento que faça o torcedor sonhar com dias melhores.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @FFleury
Imagem: f2
Só discord no momento em que sizes que o goleiro do Furacão não tenha feito nenhuma defesa. Sim, o fez e de peito, numa cabeça da de Samuel. Tamanha inoperância de nosso ataque.
Uma lástima assistir o Fluminense atual.
De fato esse atual Fluminense é um time superbrochante de assistir jogando, seja contra quem for…
Esse atual time do Fluminense em muito se assemelha ao time de 2013. Tem até Samuel no time…e em dose dupla!