Atlético-PR 1 x 0 Fluminense (por Felipe Fleury)

felipe fleury green 2016

Levir manteve a escalação do último confronto contra o Cruzeiro para o embate contra o Atlético/PR, com Richarlisson, Marcos Junio, Samuel e Maranhão na frente e Cícero e Douglas no meio. Em tese, uma formação ofensiva, com quatro atacantes, o que, na sua concepção, tornaria a equipe eficiente no ataque. Ledo engano.

O Flu iniciou o jogo contra o time paranaense acuado e assustado, tanto é que nos dez primeiros minutos o adversário perdeu duas excelentes oportunidades para marcar seu gol. Na primeira, Gum salvou quando a bola já não tinha outro obstáculo para chegar à meta tricolor. Na segunda, Cavalieri fez excelente defesa espalmando para escanteio.

A partir daí, o Tricolor conseguiu conter o ímpeto atleticano, mas nem de longe foi, individual e coletivamente, o time que venceu o Cruzeiro. O Fluminense finalizou apenas duas vezes, a primeira sem perigo algum, e, na segunda, Richarlisson perdeu o gol com o goleiro adversário já batido.

O Flu foi um time em que os quatro homens de frente não produziram quase nada, porque o meio de campo, com apenas dois jogadores, preocupou-se mais em defender. E o fez mal, ou seja, a pretensa formação ofensiva tricolor foi um tiro que saiu pela culatra, porque na prática nada produziu na frente e ainda deu muito campo ao Atlético para articular suas jogadas ofensivas.

Um time com muitos atacantes não é, necessariamente, uma equipe com alto poderio ofensivo. E o primeiro tempo da partida comprovou essa tese.

A superioridade atleticana foi recompensada já no quarto final da etapa com um gol, após desatenção da zaga tricolor que permitiu que o jogador paranaense finalizasse sem marcação.

Levir percebeu a deficiência da equipe e já iniciou o segundo tempo com Dudu no lugar de Maranhão – que não foi nem brisa perto do furacão que foi contra o Cruzeiro -. O Flu ganhou um pouco mais de consistência no meio, mas mesmo assim o Atlético sempre foi mais perigoso e perdeu boas oportunidades para ampliar o placar.

Ante a incapacidade tricolor, ainda houve mais duas mudanças: Magno Alves e Edson nos lugares de Richarlisson e Douglas. Nada, porém, que mudasse o ânimo do time. O Atlético recuou visivelmente para garantir o resultado e sair nos contra-ataques, mas nem assim o Fluminense conseguiu pressionar com eficiência o adversário, muito porque, sem um meio de campo criativo, insistiu em chuveirinhos inócuos para a área.

O goleiro atleticano não fez sequer uma defesa na partida.

Uma nova derrota, mais uma péssima apresentação e o Fluminense mostra que, definitivamente, não pretende almejar uma posição de destaque na composição.

O que eu não entendo é que, diante da mediocridade do elenco, Levir não tenha promovido as as estréias dos reforços que já estão em condições de jogo, como Dourado e Aquino, além de não ter reintegrado Scarpa, que, inclusive, fez um bom treinamento ontem.

Diante do que há, Levir poderia ter ousado, não com a escalação de um bando de atacantes ineptos, mas com a entrada dos reforços disponíveis para que já se pudesse ter alguma ideia sobre as suas eventuais utilidades para o restante do campeonato. Já foram trazidos tardiamente, que sejam logo empregados, contudo, porque a equipe carece de qualquer alento que faça o torcedor sonhar com dias melhores.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @FFleury

Imagem: f2

3 Comments

  1. Só discord no momento em que sizes que o goleiro do Furacão não tenha feito nenhuma defesa. Sim, o fez e de peito, numa cabeça da de Samuel. Tamanha inoperância de nosso ataque.
    Uma lástima assistir o Fluminense atual.

    1. De fato esse atual Fluminense é um time superbrochante de assistir jogando, seja contra quem for…

  2. Esse atual time do Fluminense em muito se assemelha ao time de 2013. Tem até Samuel no time…e em dose dupla!

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