Tirando o jogo em si, o placar e como o Fluminense encarou o confronto, nada a se reclamar; muito pelo contrário, como diria Jango por aí, aos borbotões.

Com escalação de reservas, tendo alguns nomes questionáveis entre os tais, lá foi a equipe do treinador interino da Seleção da CBF passar o tempo em Curitiba-PR.

Após bom início do Cartola, sem conseguir marcar, foi o Furacão quem fez as vezes; após escanteio, a defesa do Fluminense assistiu a bola sobrar para Cacá (recente affair de Mário Bittencourt) estufar as redes em um a zero para a equipe rubro-negra.

Após o gol, a equipe da casa ficou do jeito que gosta para jogar em contragolpes. Mas a história do jogo mudou aos vinte e dois minutos, com a expulsão de Vinícius Kauê, deixando os anfitriões com um a menos e igualando as forças.

Diniz mandou Alexsander a campo, após três meses longe dos gramados, por lesão, no lugar do inacreditável Thiago Santos, jogador que não faz o menor sentido ter sido contratado. Ou talvez faça para seus feitores.

Mas foi somente no segundo tempo, e após as entradas de Isaac e João Neto, que o Fluminense faturou. Primeiro com Guga, aproveitando sobra deixada por Yony e após jogada de João Neto; depois, com o próprio João Neto, após jogada de Isaac e assistência de Martinelli.

Demorou, mas virou, já estávamos próximos dos noventa minutos disputados.

E então Fernando Diniz reinventou a própria invenção: sendo coerente com seus equívocos, recuou a equipe com Felipe Andrade fazendo bico na lateral no lugar de Guga e Giovanni Manson no lugar de Léo Fernandez, um dos destaques da partida.

Parafraseando Mangabeira Unger: a coragem nem sempre é premiada, mas a covardia é invariavelmente castigada. E assim foi; após as mexidas, o Athletico se assanhou, partiu para cima e voltou a deixar o jogo empatado, dessa vez com Vitor Roque, jogador promissor e mais caro já vendido por clubes do continente americano.

Enfim, para um jogo que se pretendia que nem existisse, por estar em sanduíche com as partidas contra o Olimpia pela Libertadores, a fatura ficou excelente.

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Serviço do jogo:

ATHLETICO PR 2 x 2 FLUMINENSE
Campeonato Brasileiro – 21ª Rodada
Arena da Baixada, Curitiba-PR
Domingo, 27/08/2023 – 18:30 (Brasília)

Árbitro: Raphael Claus
Cartões amarelos: Vitor Roque 5′, Arturo Vidal 37′, Agustín Canobbio 44′ (Athletico PR); Lima 10′, Marlon 33′, Yony González 50′ (Fluminense)
Cartão vermelho: Vinícius Kauê 22′ (Athletico PR)
Gols: Cacá 13′, Vitor Roque 90’+3′ (Athletico PR); Guga 76′, João Neto 87′ (Fluminense)

ATHLETICO PR: Léo Linck; Madson, Cacá, Thiago Heleno© e Vinícius Kauê; Erick (Alex Santana 68′), Arturo Vidal (Hugo Moura 68′), Vitor Bueno (Zé Ivaldo 34′); Cuello, Canobbio e Vitor Roque (Pablo 51′). Téc.: Wesley Carvalho. 4-3-3

FLUMINENSE: Pedro Rangel; David Braz (João Neto 63′), Thiago Santos (Alexsander 27′), Marlon; Guga (Felipe andrade 89′), Martinelli, Daniel (Isaac 63′), Lima; Leo Fernández (Giovanni 89′), Yony González e Lelê. Téc.: Fernando Diniz. 3-4-3