Hoje é dia de Fla-Flu, o clássico mais famoso do Brasil, cantado em verso e prosa pelo mundo afora e que sempre reserva emoções até o último milionésimo de segundo do jogo. Fla-Flu é um dos poucos jogos do mundo em que um time pode terminar o primeiro tempo vencendo por “três a zero” e o jogo terminar “quatro a três” pro outro time.
É o jogo em que de verdade não há favoritos. Um time pode esta na crista da onda, ter os maiores craques e o outro estar mal e com um time mediano e, ainda assim, o segundo vencer o primeiro. O ano de 1995 está aí para provar isso.
Em Fla-Flu, já vi time reserva de um vencer time titular de outro. Lembram-se do Fla-Flu do créu?
Já vi o campeão da Taça Guanabara estar invicto até então e, no último jogo, perder a invencibilidade e a torcida, do time já campeão, sair chateada. O Fla-Flu da Taça Guanabara de 1988 foi assim. Flamengo, campeão, estava invicto até então, perdeu para o Fluminense com gol de Cacau e Paulo Victor ainda defendeu um pênalti de Andrade. E de fato a torcida dos caras saiu chateada, tanto que acabei brigando na rua com uns Remolambos, mas deixa pra lá…
Fla-Flu sempre teve personagens importantes em seus jogos e sua história. Os mais importantes sem dúvida são os irmãos Mário Filho e Nelson Rodrigues. Um Fla, o outro Flu. Junto com João Saldanha, são os maiores cronistas esportivos do país e ajudaram a promover o clássico, inclusive dando o apelido de Fla-Flu.
Em campo é impossível não lembrar de três personagens: Assis, Renato Gaúcho e Ézio. Dispensável falar dos feitos desses três em Fla-Flu.
Esses deitaram e rolaram com a camisa do Fluminense contra o rival. Só Ézio não fez gol de título, mas fez gols a dar de pau nos rubro-negros. Ézio quando via a camisa do Flamengo no outro lado se transformava num Van Basten, num Romário… Tornava-se impiedoso.
Assis, carrasco em duas decisões contra o Flamengo, ainda se deu ao luxo de no gol de 1984, após cabecear a bola para o fundo da rede de Fillol, gritar: “Toma gringo”! O arqueiro argentino falara um dia antes que o nosso camisa dez só fizera o gol no ano anterior porque o goleiro era o Raul e não ele.
Renato Gáucho virou Deus para nós, tricolores, depois do fantástico carioca de 1995. Depois ainda nos daria a Copa do Brasil em 2007 como técnico e quase a Libertadores. Aquele gol de barriga está guardado nas mentes e nos corações tricolores por toda a eternidade.
Mas, o Fla-Flu de hoje, para nós tricolores, é o do desespero. Inimaginável esta situação. Um time campeão brasileiro no ano seguinte lutar contra o rebaixamento. O Flamengo vai bem na Copa do Brasil e deve chegar à final da competição, porém, no campeonato brasileiro, ainda está claudicante.
Pro Fluminense é vencer ou vencer. Após uma semana lastimável fora de campo, continuamos com um técnico que está demitido moralmente. Temos problemas mil para escalar o time e vamos para o clássico com a corda no pescoço.
Mas, não importa. É Fla-Flu, jogo em que o que está pior tem mais chances de ganhar que o que está melhor! É o clássico da superação.
Que Assis, Ézio e Renato Gaúcho sirvam de inspiração para os nossos onze em campo!
É chegada a hora de sair dessa situação!
Vejo vocês no Maracanã!
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No meio desta semana conturbada, fora de campo, duas notícias boas:
– O time está de volta à Timemania;
– O Conca assinou um pré-contrato e está a uma assinatura de se tornar jogador do Fluminense de novo.
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A ESPN destrinchou e imbróglio desta semana. Eu falei que um novo técnico assumiria na quinta-feira. Um técnico não assumiu e muitos me zoaram. A ESPN bateu ontem que era isso mesmo: o técnico seria o Caio Jr e ele só não assumiu na quinta por complicações na viagem, já que estava fazendo estágio no Real Madrid.
Não sou jornalista! Apenas comentei o que ouvi no clube. De qualquer maneira está aí.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MVinicaldeira
Foto: http://lancenet.com.br
Nossos heróis hoje são diguinho, edinho, rafinha, ronan, jean, biro-biro, samuel, bruno … valeu direitoria e Rodrigo Caetanho … é segundona na certa… perder pro time reserva do mulambo e pro vitória com um a menos, empatar com a ponte … acabou com todas as minhas esperanças … esquece … vamos pra segundona com méritos.
Andel: Ézio não fez o de título, mas por muito pouco: começou a jogada do gol imortal de Renato Gaúcho e estava atrás dele na hora da barriga, atento a uma sobra. Deus supremo. Excelente!
Caldeira, realmente esses 3 sempre se deram bem, contra os molambos.
Que hoje seja o dia de um Sóbis, Biro-Biro…
ST4