As próximas horas (por Paulo-Roberto Andel)

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Difícil dizer o que vem pela frente, não apenas pelos próximos jogos mas por toda a conjuntura tricolor. Se por um lado é possível acreditar na luta e na gama do Fluminense atual, sucede o contrário quando se pensa na falta de peças de reposição ou mesmo de encaixe no time atual. Já escrevi muitas vezes sobre isso: reforço é jogador que vem para ser titular e otimizar o time em campo, o resto é contratação. Não deu certo com Maranhão, nem com Romarinho, vejamos o que vai ser de João Carlos. Um gozador fez piada: “Só faltam o Hélio e o Rinaldo”. Os quarentões entenderão…

Ao mesmo tempo em que acredito que é possível competir com dignidade, estou convicto de que, sem reforços reais, o Fluminense tende a passar sérias dificuldades neste segundo semestre que se avizinha. O Carioca acabou até divertido nos clássicos, com emoção, mas o nível é baixo e não se pode alimentar falsas expectativas superlativas, pois. Julio César, Gilberto, Ibañez, Ayrton e Jadson foram bem, resta saber se manterão a pegada. Pedro foi bem, tem talento, mas precisa ganhar força dentro da área. MJ lutou como um leão. Sornoza teve lampejos, joga muito, mas ainda não voltou aos 100% depois da contusão. Bom, e o banco? Aliás, e o campo?

Da política convencional, cansei. Tenho amigos (ainda por) lá e torço muito por eles, mas quando meus próprios outros amigos não conseguem conviver com as diferenças pontuais, o que dizer das porras dos inimigos e haters de merda? Este modelo de ódio e divisionista aí visto não deu certo para o Brasil, não deu para o Rio e não vai dar nunca para o Flu. Poucos me representam e não vejo futuro nisso, o que é triste demais. O que adianta a estúpida vaidade se futuramente seremos carne podre ou incinerada? Os cemitérios estão cheios de arrogância e pedantismo enterrados em túmulos mal conservados ou abandonados. Já o que não falta ao Fluminense são papas-defunto, caçadores de oportunidades pessoais e gente que, sem o Flu como argumento vital, é um zero na ponta esquerda…

A torcida aí está, amargurada, carente, às vezes iludida por falsos discursos de encomenda, mas sempre fiel ao Fluminense. Se ela não comparece com. a expressão que todos gostaríamos, à toa não é. Basta investigar rapidamente e a conclusão será óbvia: as pessoas estão de saco absolutamente cheio por vários motivos. E não vai ser com o modelo atual que ela será reconquistada para as arquibancadas, muito menos com a sandice falaciosa de estádio no raio que o parta da zona oeste. Se não bota dez mil no Maracanã, vai botar trinta aonde? Ou é coisa de lunático ou pura má fé.

As próximas horas talvez sejam harmoniosas, talvez, mas sinto exatamente o contrário no peito. De toda forma, meu amor e torcida pelo Fluminense são inabaláveis, mesmo diante das mais duvidosas circunstâncias. Pena que, a cada dia que passa, tais sentimentos sejam cada vez mais uma conexão individual, solitária, e não uma expressão coletiva – aquela que já tivemos quando éramos reis. Melhor assim: nos últimos dez anos, conheci pessoalnente uma massa de tricolores espetaculares, mas também cada lixo sem reciclagem que vou te contar…

Ok, vamos lá torcer, passar por cima do Potosí e do Curíntia. Corações nas mãos. É isso. There’s no other way. Ė com esse que eu vou.

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No próximo sábado, estarei às 11 horas na Rádio MEC no programa “Conversa com o autor”, apresentado pela professora e jornalista Katy Navarro. Eu e a escritora Elika Takimoto falaremos de nossos livros “Cenas do Centro do Rio II” e “Isaac no mundo das partículas”. Vai ter link no Face e Twitter do PANORAMA, além das minhas redes.

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Meu novo e-book para download gratuito tem o codinome de FDP 2. Já está disponível para ser baixado no blog otraspalabras!, confiram. Eis o link AQUI.

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Fascismo é o caralho.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

#JuntosPeloFlu

imagem: rap