As opções táticas que o elenco atual do Fluminense oferece são muitas e isso não é nenhuma novidade. Vários jogadores de níveis parecidos em quase todas as posições do campo, oferecem muitas possibilidades de mudanças para o treinador Roger Machado. Nesse sentido, com mais tempo de intervalo entre jogos e menos decisões à frente, seria interessante o teste de diferentes estilos e jogadores sempre que possível.

Podemos analisar primeiramente as opções de defesa. Na lateral direita temos hoje a briga por posição entre Samuel e Calegari, o primeiro mais ofensivo e com mais estilo de lateral e o segundo que, apesar de uma oscilação natural no momento, costuma ser mais seguro na defesa. Nossa dupla de zaga titular vem mantendo um grande nível desde o ano passado, mas precisamos nos preparar para uma ausência já confirmada de Nino, que será convocado para a seleção olímpica do Brasil esse ano. É hora de testar e dar rodagem a nossas contratações Manoel e David Braz, dois zagueiros com bagagens grandes de série A e que, se tudo der certo, devem dar conta do recado. Já cansei de falar da lateral. Testem Jefté ou contratem alguém para ser titular, a situação atual é a de duas bombas relógios na linha de defesa.

No meio de campo começam as maiores opções de mudanças de esquema. O atual reserva Wellington demonstra ser uma válida opção, na possibilidade de um esquema com um volante mais preso. Na formação atual ele não se encaixaria devendo ficar atrás dos titulares, de André e do garoto Metinho, que é outro que pede passagem no time de Guerreiros.

Falando da fase ofensiva, um rodízio entre os meias criadores se mostra necessário. Ganso, Nenê e Cazares não mostram ter condições físicas de jogar jogos completos. Pelas pontas é inegável o crescimento de Caio Paulista, que em esquemas mais físicos renderá mais do que o esperado. Os jovens Kayky, Luiz Henrique e Gabriel Teixeira devem oscilar e tem que ser usados com inteligência. John Kennedy precisa voltar na frente de Bobadilla na briga pelo ataque e Abel Hernandez deve jogar sempre que a unanimidade Fred não estiver em condições.

O que não faltam são opções táticas e técnicas com esses jogadores, agora cabe a Roger Machado usar das peças que tem da melhor forma possível, sem influências externas e incoerências.