Estava olhando os movimentos de contratações do Fluminense, e em alguns casos a impressão que passa é que somos um clube que tem grana sobrando.
Se assim não fosse, não gastaríamos dinheiro comprando Cristiano Moldávia, Caio Paulista e pagando por empréstimos como o de Marrony, mesmo o de Nathan (que pouco retorno deu), e contratando jogadores em fim de carreira e com poucas probabilidades de dar retorno técnico como Felipe Melo, Willian Bigode, recentemente Alan (?), sem falar em jogadores não tão baratos, mas que estavam sem utilização em seus clubes de origem, tipo Guga, Jorge e os outros que vieram agora, pois algo existe que os deixava “encostados”.
Alguns desses podem dar certo? Sim, mas o histórico do futebol mostra que poucos dão ganhos técnicos e performam o suficiente para que provenham campanhas vitoriosas, onde encontremos com uma taça ao final da temporada.
Na verdade, estou falando que, como nossas finanças são parcas, nossa pontaria tem que ser muito mais assertiva. Não temos “balas” para desperdiçar, teríamos que só apertar o gatilho com uma quase certeza de acerto. Aqueles números que dizem por aí que em termos de contratações o acerto é em torno de 20%, para quem não tem dinheiro de sobra é proibitivo trabalhar com essas chances. Quem é endividado, e com baixo fluxo de caixa, o correto é trabalhar com muito mais qualidade na captação de jogadores sejam para a base ou para o time profissional, sem esquecer que se a “pontaria” na captação para a base fosse mais efetiva, diminuiria a necessidade de contratar para o time de cima.
A coisa é tão confusa, obscura e sem explicações que torna tudo uma salada de desinformação que não se pode afirmar qual a razão de tanta coisa desencontrada, sem motivação lógica e com um sentido coerente.
Ao mesmo tempo, existe uma campanha concreta para desestabilizar alguns jogadores da base. Não se sabe o motivo, a razão ou o ganho que o Clube tem com isso, mas é impossível acreditar que uma instituição com tanto expertise em lidar com jovens não consiga lidar com alguns deles, e por acaso sempre são jovens muito bons tecnicamente, mas que por outro lado não são “ovelhas” e têm posicionamento, rebeldia e isso os leva a cometer erros que podem ser facilmente transformados em “renegados”.
Os dois que representam melhor essa condição são Wallace e John Kennedy, e coincidentemente são os que reclamam, falam, se rebelam principalmente ao ver que estão sendo deixados para trás em benefício muitas vezes de “caneludos” e “botinudos”, e se indignam de estar fora e aqueles dentro do time. Quem com um pouco de brio não o faria?
O ultimo gol do Fluminense em 2021 foi resultado de uma excelente jogada e assistência de Wallace, e ao se iniciar 2022 a informação que ele seria emprestado ao CRB, é uma bela continuação que ficou na cabeça do jovem, daí… Já John Kennedy entra em um Fla X Flu, marca dois gols e, no jogo seguinte, nem lembro se foi relacionado ou se ficou no banco. No lugar dele quem faria diferente? E aí surge a pergunta: o que querem fazer com esses ativos do Clube? Destruí-los para desvalorizá-los e vender na “xepa”? Um deles ou mesmo ambos não têm “bola” para estar em um elenco onde estão Marrony, Alexandre Jesus, Caio Paulista e outros velhos conhecidos que nem vamos citar os nomes?
Talvez minha ingenuidade ou falta de conhecimentos me leve a esses pensamentos, mas é assim que estou vendo o caminhar do Fluminense.